Com 28 aprovados para ingresso no primeiro semestre de 2023 na Universidade de Brasília (UnB), o Centro de Ensino Médio 01 de Brazlândia é uma das escolas públicas que viu a preparação, ao longo do ano letivo de 2022, render bons frutos. A escola, uma das melhores da rede pública da região, é amparada por uma infraestrutura completa, que vai desde o sistema avaliativo até o equipamento tecnológico.
Para o diretor Vinícius Alexandre Mota Ribeiro, 41 anos, o segredo por trás do expressivo número de aprovação dos alunos é a construção do método avaliativo baseado nas provas de vestibular e de ingresso para a UnB. “A cada semestre os alunos respondem a um caderno de provas com questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), de vestibular e do Programa de Avaliação Seriada (PAS), que conta para a avaliação final de cada semestre. Eles preenchem um gabarito e, no fim, conseguem visualizar as questões que erraram”, explica. Com o resultado do Enem ainda a ser divulgado, a expectativa é que o número de aprovados aumente.

Supervisor por sete anos, até 2022, e atual professor de biologia, Thiago Nogueira da Mota, 38, também destaca o método avaliativo bimestral baseado nas provas de ingresso à UnB e na matriz do Enem. “As nossas provas de avaliação bimestral são praticamente idênticas às aplicadas em vestibular. Isso ajuda o aluno a se familiarizar com o modelo. Até a fonte usada é igual”, afirma.
Vinícius Alexandre destaca que, ao longo do ano letivo, os alunos têm à disposição um acompanhamento voltado para o ingresso na UnB. Uma vez por semana há uma aula de redação, na qual são apresentados os principais formatos textuais cobrados pela banca dos exames, além de aulas com foco na revisão de obras do PAS. O diretor lembra que a escola chegou a aprovar mais de 70 estudantes em um ano para a UnB.
Ele afirma, ainda, que a desvantagem entre os alunos da rede pública de ensino e da rede particular foi superada. “Hoje, com as cotas destinadas à escola pública, a reserva de vagas é de 50%. Os próprios estudantes sabem disso. Então, na minha opinião, essa desvantagem é uma coisa do passado”, argumenta.
Fonte: Correio Braziliense