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Nesta quarta-feira, 26/2, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), por meio do Núcleo Judiciário da Mulher (NJM), realizou o webinar “Álcool e violência doméstica: a culpa é da bebida?”. A ação foi transmitida pelo Canal do TJDFT no Youtube, em alusão ao Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, celebrado no último dia 20 de fevereiro.
Para abordar o tema proposto, foram convidados os assistentes sociais e servidores do NJM, Marcos Francisco de Sousa e Luana Nascimento, e a psicóloga da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SESDF), Aline Soares. Os palestrantes discutiram a influência do consumo de álcool nos casos de violência doméstica cometidos contra as mulheres.
Em sua fala, Marcos Francisco destacou que a violência é um aprendizado social e cultural. “Na nossa sociedade patriarcal, o homem está mais disponibilizado à prática da violência, que é uma forma natural, eficaz e desejada de resolver os seus problemas e conflitos. Ou seja, é algo que está imposto e naturalizado socialmente”. Além disso, de acordo com o assistente social, existe uma ambivalência no valor atribuído ao homem que consome álcool. De um lado, a virilidade. De outro, se o homem ultrapassa o uso da substância, passa a ser visto como fraco e/ou sem controle emocional.
Sinais de risco
Luana Nascimento ponderou a necessidade de pensar em sinais de risco no uso do álcool, entre os quais estão fatores estruturais, como crises econômicas, pobreza e desemprego que atingem e desafiam o poder provedor do homem. “Novamente, a forma como a sociedade é estruturada vai explicar esse comportamento. Temos ainda um outro fator que é o racial, que gera um contexto de despertencimento no homem negro, de não ser visto como indivíduo e como profissional”. No entanto, a especialista reforçou que homens que fazem uso de álcool e homens que não fazem são capazes de atos violentos. “Não se pode colocar tudo na conta do álcool, essa não é a realidade”.
Aline Soares pontuou que, conforme as estatísticas, há um maior índice de violência doméstica nos finais de semana, mas isso não ocorre somente pelo uso do álcool, segundo ela. “É também quando as pessoas mais convivem em família. É importante estar atento a isso”, disse.
A psicóloga aconselhou aos envolvidos: “Não tentem conversar com a pessoa sobre uso de álcool, enquanto ela estiver sob efeito da substância. Não adianta. Inclusive, como ação preventiva e de proteção, o que sugerimos é evitar discussões sob efeito de álcool”. Por último, a servidora da SESDF afirmou que a prevenção de casos de alcoolismo que gerem possíveis casos de violência inclui falar abertamente sobre o tema. De forma sincera, nas escolas, no ambiente de trabalho, na televisão, em todos esses ambientes. Não se pode negar o prazer da substância (por questões individuais, sociais e o próprio produto).
O TJDFT lembra que o enfrentamento à violência contra as mulheres é uma luta de toda a sociedade e pode começar por você.
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