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PCDF deflagra Operação Cartão Vermelho e prende autores de esquema de venda clandestina de passagens no BRT


Nesta terça-feira (19), em uma ação coordenada, a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou a Operação Cartão Vermelho, para combater um esquema de venda clandestina de passagens do sistema de transporte público BRT, praticado no Terminal de Santa Maria-DF. 

 A operação, realizada em parceria com a Secretaria de Mobilidade (Semob) e a Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle (Sufisa), resultou na prisão em flagrante de quatro envolvidos na comercialização ilegal de passagens. 

A ação teve como alvo os chamados “valeiros”, indivíduos que se especializaram em vender, de forma fraudulenta, passagens de transporte utilizando cartões pertencentes a terceiros, inclusive cartões de integração tarifária e passes subsidiados pelo governo, como o Passe Livre Estudantil (PLE) e o cartão para Pessoas com Deficiência (PCD). 

Aproveitando-se das regras de integração do sistema, os suspeitos ofereciam passagens a valores reduzidos, utilizando um único cartão repetidamente para validar as entradas de múltiplos passageiros. Durante a operação, equipes da PCDF monitoraram o Terminal do BRT em Santa Maria/DF, com o suporte de câmeras de segurança do local. 

O acompanhamento remoto e diligências de campo possibiliaram identificar os suspeitos em plena atividade criminosa, abordando passageiros próximos às catracas e realizando a venda de passagens fraudulentas. Na abordagem, foram apreendidos cartões eletrônicos, pertencentes tanto aos próprios envolvidos quanto a terceiros, além de quantias em dinheiro obtidas com as vendas ilegais. Os autores foram detidos e conduzidos à Divisão de Falsificações e Defraudações

 (Difraudes/Corf) da PCDF, onde a autoridade policial ratificou a voz de prisão e lavrou o auto de prisão em flagrante dos autores pela prática dos crimes de estelionato contra entidade de direito público (art. 171, §3º, do CP). 

Segundo estimativas da Sufisa, o esquema causa um prejuízo anual de aproximadamente R$ 600 mil aos cofres públicos, uma vez que o Governo do Distrito Federal subsidia as tarifas das segundas e terceiras viagens dos usuários que utilizam a integração tarifária. Esse valor acaba sendo desviado para o lucro dos criminosos em vez de beneficiar os cidadãos.



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