Operação Metal Precioso investiga esquema de sonegação fiscal
A Polícia Civil do Distrito Federal, por intermédio da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária – DOT, vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado – DECOR deflagrou, na manhã de hoje (19/02), em conjunto com Receita do Distrito Federal, a Operação Metal Precioso, visando o cumprimento de 28 (vinte e oito) mandados de busca e apreensão, sequestro de Bens e Valores.
A investigação revelou a existência de um grupo criminoso especializado na criação de empresas de fachada e fictícias, utilizando “laranjas” e “testas de ferro” para viabilizar um esquema de sonegação fiscal.
A organização criminosa criava empresas “fantasmas” para substituírem as empresas reais na comercialização de sucatas e metais recicláveis. Esse mecanismo permitia que as empresas beneficiárias continuassem enquadradas no regime tributário que lhes garantia o pagamento reduzido de impostos.
O esquema criminoso tem como principais articuladores os sócios das empresas do setor de sucatas e metais para grandes indústrias. Além deles, há operadores responsáveis pela constituição das empresas fantasmas, bem como contadores envolvidos na estruturação das fraudes.
As investigações indicam que os membros do grupo criminoso residem, além do Distrito Federal, em diferentes cidades, incluindo Goiânia/GO, Rio de Janeiro/RJ, Planaltina de Goiás/GO e Luziânia/GO. Estima-se que o grupo esteja atuando há aproximadamente uma década no Distrito Federal.
reunidas, individualizando a participação de cada integrante da organização, bem como de viabilizar o ressarcimento dos valores sonegados ao Distrito Federal. Outro foco da apuração é rastrear o caminho percorrido pelos valores movimentados nas contas das empresas fraudulentas, a fim de identificar os verdadeiros beneficiários do esquema e mensurar os lucros ilícitos obtidos por cada investigado.
As diligências estão sendo cumpridas no Distrito Federal e nos estados de Goiás e Rio de Janeiro, abrangendo residências dos beneficiários do esquema, endereços de “laranjas”, escritórios de contabilidade e sedes das empresas.
A operação mobilizou aproximadamente 125 policiais da Polícia Civil do Distrito Federal, além de equipes da Receita distrital, e contou com o apoio das Polícias Civis dos Estados de Goiás e Rio de Janeiro Os suspeitos estão sendo investigados pelos crimes de organização criminosa, sonegação fiscal, falsificação e uso de documentos falsos, além de lavagem de dinheiro.
Se condenados, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão. O nome da operação faz alusão ao setor econômico das empresas envolvidas, que atuam na comercialização de sucatas e metais