Modernização da Epig: R$ 160 Milhões para transformar a mobilidade em Brasília
Obras visam criar um dos corredores viários mais modernos da capital, com ciclovias, faixas exclusivas para ônibus e viadutos que eliminam semáforos.
Um investimento milionário de mais de R$ 160 milhões está sendo direcionado para a transformação da Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig) em um dos corredores viários mais modernos de Brasília. O projeto, que contempla a construção de ciclovias, pistas em pavimento rígido, corredores exclusivos para ônibus e viadutos que eliminarão semáforos, promete agilizar o deslocamento de 30 mil motoristas diários e reduzir em até 25 minutos o tempo gasto pelos usuários de transporte público.
A execução das obras não só visa melhorar a mobilidade urbana, mas também promete gerar mais de 1,2 mil empregos diretos e indiretos. Para facilitar a implementação e minimizar os impactos no tráfego, os serviços foram divididos em várias etapas.
Etapas das Obras
O projeto tem seu marco zero no viaduto da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), seguindo até a Octogonal. Esse trecho contará com um novo pavimento rígido, mais resistente e durável, e será acrescido de uma nova faixa exclusivamente destinada ao tráfego de veículos de transporte coletivo. Essa mudança busca evitar o afunilamento da via, proporcionando mais fluidez ao trânsito.
As recentes alterações já têm impactado positivamente a vida dos moradores locais. “Eu moro aqui há mais de 10 anos e a obra está excelente. A gente precisava disso, e já vê o movimento melhorando; as pessoas estão mais felizes no dia a dia”, comentou José Augusto Maciel, um feirante e morador do Cruzeiro.
O segundo trecho abrange a área entre o Setor Policial Sul e a interseção da Epig com Sudoeste e Parque da Cidade. Nesta parte do projeto, três viadutos serão construídos para eliminar a necessidade de semáforos, especialmente no cruzamento da Octogonal, que frequentemente causava interrupções no tráfego. Hélio Pessoa, que trabalha em uma feira próxima, comentou sobre as mudanças: “Visualmente ficou melhor, e quando terminar, o trânsito vai fluir melhor, especialmente no sentido do Plano Piloto”.
Além dos viadutos, o projeto prevê a construção de uma rotatória para facilitar o acesso dos motoristas do Sudoeste às vias internas da Octogonal. Um corredor para o BRT, ciclovias, obras de drenagem, pavimentação e sinalização também estão incluídos nas intervenções.
Outro trecho já finalizado liga a Avenida das Jaqueiras, no Sudoeste, ao Parque da Cidade, onde o viaduto Engenheiro Luiz Carlos Botelho Ferreira já está em funcionamento, beneficiando 25 mil motoristas diariamente.
A nova entrada para o Parque da Cidade, em construção na altura do Estacionamento 3, também será uma das etapas mais emblemáticas do projeto, com dois viadutos em trincheiras e passagens subterrâneas para pedestres, facilitando o acesso à estação de ônibus.
Impacto e Benefícios
O impacto das obras na vida dos usuários da Epig é visível. Hélio Pessoa, morador de Vicente Pires, comentou sobre as melhorias: “Com o novo asfalto, que antes tinha muitas ondulações, vai melhorar bastante. O fluxo de veículos nos horários de pico é intenso, e as ciclovias também são uma boa adição”.
O projeto se estenderá até o Eixo Monumental, com a readequação do sistema viário e a duplicação da via próximas ao Tribunal de Justiça e ao Ministério Público. Estacionamentos públicos também serão disponibilizados ao longo da pista.
Corredor Eixo Oeste
Paralelamente, o Corredor Eixo Oeste está sendo desenvolvido para ligar o Sol Nascente ao Plano Piloto, abrangendo 38,7 quilômetros de faixas exclusivas e expressas para ônibus, com um investimento total de mais de R$ 640 bilhões. O secretário de Obras e Infraestrutura do DF, Valter Casimiro, destacou que as obras incluem a construção de viadutos e paradas dedicadas ao transporte público, priorizando o usuário diário de ônibus.
O Terminal Asa Sul também passará por readequações, com a substituição do asfalto por concreto, um material mais resistente ao tráfego intenso. O investimento na modernização do terminal é de mais de R$ 13,2 milhões.
Conclusão
Com a implementação dessas obras, o Governo do Distrito Federal (GDF) não só busca melhorar a mobilidade urbana, mas também transformar a qualidade de vida dos cidadãos. A expectativa é de que as novas estruturas contribuam para um trânsito mais fluido e eficiente, beneficiando tanto motoristas quanto usuários de transporte público e reforçando a importância da infraestrutura urbana no desenvolvimento da capital.