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Chip da beleza: sociedades médicas pedem maior fiscalização à Anvisa

As sociedades médicas pediram, nesta quinta-feira (21/12), providências à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quanto ao uso indiscriminado de implantes hormonais no Brasil.

Em carta aberta, as entidades solicitam que a agência fiscalize a comercialização e o uso do chip da beleza, pois o implante hormonal proporciona riscos de complicações renais, hepáticas e infecções.

Segundo o documento, os implantes contendo esteroides anabolizantes são divulgados e prescritos como parte de estratégias que fazem apologia a um corpo perfeito e a um suposto estilo de vida saudável.

“A aplicação desses implantes está atrelada a um viés altamente comercial, sendo vendidos nos próprios consultórios médicos como ‘chip da beleza’, tratamento da menopausa, antienvelhecimento, para redução da gordura corporal, para aumento da libido e da massa muscular. A prescrição desses agentes está banalizada e disseminada, com divulgação livre nas redes sociais, sem o devido respaldo ético e científico da Medicina Baseada em Evidências”, diz o documento.

A prescrição de “chips da beleza” já foi proibida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) por suas consequências maléficas para o organismo.

Chip da beleza e complicações no cérebro

No início deste mês, uma jovem de 20 anos foi internada em estado grave em um hospital particular de São Paulo após desenvolver um edema cerebral 24 horas depois de aplicar um implante que continha ciproterona, gestrinona, testosterona e ocitocina.

Aparentemente, os hormônios injetados na jovem aumentaram a quantidade de água no corpo dela e reduziram o sódio no organismo, o que resultou em uma retenção líquida no cérebro.

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