Dólar reduz perdas e opera quase estável em dia de agenda cheia nos EUA e falas do BC

O dólar hoje apaga perdas e opera perto da estabilidade, influenciado por uma agenda econômica intensa nos Estados Unidos, enquanto o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa de audiência no Senado. No exterior, os investidores seguem debatendo a probabilidade de o Federal Reserve (Fed) cortar os juros em dezembro.

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Qual a cotação do dólar hoje?

Às 12h, o dólar à vista opera em leve alta de 0,04%, aos R$ 5,398 na venda. O contrato de dólar futuro para dezembro — atualmente o mais negociado no Brasil — subia 0,13% na B3, aos R$ 5,401.

Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,397
  • Venda: R$ 5,398

Dólar Turismo

  • Compra: R$ 5,405
  • Venda: R$ 5,585

A possibilidade de corte de juros nos EUA em dezembro permanece no foco, com os ativos precificando nesta manhã de terça-feira 80,7% de chances de redução de 25 pontos-base, contra 19,3% de probabilidade de manutenção, conforme a Ferramenta CME FedWatch.

A taxa de juros nos EUA está atualmente na faixa de 3,75% a 4,00%, enquanto a taxa básica Selic está em 15% ao ano no Brasil. Este diferencial de juros entre Brasil e EUA tem sido apontado por analistas como um fator de atração de recursos para o país, o que vem mantendo o dólar em níveis mais baixos.

Investidores acompanham a participação de Galípolo em audiência da CAE do Senado, em busca de pistas sobre até quando a Selic seguirá em 15%. Na segunda-feira, em evento em São Paulo, o presidente do BC disse que a instituição está insatisfeita com o nível da inflação e que, por isso, a Selic segue em patamar restritivo.

Nesta manhã, o Banco Central informou que o Brasil teve déficit em transações correntes de US$5,121 bilhões em outubro, acumulando em 12 meses um rombo equivalente a 3,48% do Produto Interno Bruto (PIB). A expectativa em pesquisa da Reuters com especialistas era de um saldo negativo de US$4,8 bilhões em outubro.

Na outra ponta, o investimento direto no país (IDP) somou US$10,937 bilhões em outubro — acima do déficit em conta corrente e também da projeção da pesquisa com especialistas.

Em eventos recentes, Galípolo tem ponderado que o déficit em transações correntes no Brasil reflete o quanto o consumo no país segue aquecido, apesar das restrições da política monetária.

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Nos EUA, o mercado de trabalho voltou a mostrar sinais de enfraquecimento nas últimas semanas. Empresas privadas cortaram em média 13,5 mil vagas por semana no período de quatro semanas até terça-feira, segundo atualização da ADP. Na leitura anterior, o ritmo havia sido de 2,5 mil demissões semanais.

Com a paralisação parcial do governo ainda afetando a divulgação de dados oficiais, indicadores alternativos vêm preenchendo lacunas sobre a atividade econômica. Alguns órgãos divulgaram novos cronogramas, mas estatísticas consideradas essenciais, como o payroll mensal, só serão retomadas em dezembro.

Já as vendas no varejo dos Estados Unidos aumentaram menos do que o esperado em setembro, dando uma pausa após um período recente de fortes ganhos. As vendas varejistas tiveram alta de 0,2% após um ganho não revisado de 0,6% em agosto, informou o Census Bureau do Departamento de Comércio nesta terça-feira. Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas no varejo, que são, em sua maioria, mercadorias e não são ajustadas pela inflação, subiriam 0,4%.

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(Com Reuters)

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