País sobe uma posição e estreia no grupo dos mais inovadores do mundo, substituindo a Alemanha
A China alcançou a 10ª posição no ranking global de inovação em 2025, subindo uma posição em relação ao ano passado e marcando sua estreia entre os países mais inovadores do mundo. A Alemanha ocupava a 10ª posição no ano anterior.
O GII (Índice Global de Inovação) foi divulgado pela OMPI (Organização Mundial da Propriedade Intelectual) na 3ª feira (16.set.2025). Eis a íntegra, em inglês (PDF – 26 MB).
O relatório avalia o desempenho de aproximadamente 140 economias com base em cerca de 80 indicadores diferentes. A Suíça lidera o ranking atual, seguida por Suécia, Estados Unidos, Coreia do Sul, Cingapura, Reino Unido, Finlândia, Holanda e Dinamarca, com a China completando o grupo dos 10 primeiros.
Para determinar a classificação, o estudo considera itens como investimentos em pesquisa e desenvolvimento, acordos de capital de risco, exportações de alta tecnologia e registros de propriedade intelectual. A China lidera a inovação entre o grupo classificado como “economias de renda média-alta”, que inclui o Brasil –posicionado em 52º no índice.
A nação asiática se destaca por abrigar o maior número de polos de inovação científica e tecnológica entre os 100 principais globais pelo 3º ano consecutivo. No total, foram 24 listados no índice de 2025.
Já no campo acadêmico, o país tem grande participação na produção científica mundial –que atingiu um recorde de 2 milhões de artigos em 2024. No ano passado, contribuiu com crescimento de 14% em suas publicações.
Atualmente, a China tem empresas que se destacam no investimento em pesquisa e desenvolvimento em diferentes segmentos.
A Huawei tem relevância no setor de hardware; enquanto em software se destacam Tencent, Alibaba Group e Baidu. Já em automóveis, aparece a BYD, montadora de veículos elétricos.
“A China e outras economias emergentes, como Índia, Vietnã e Brasil, mantiveram um forte crescimento de veículos elétricos. A conectividade continuou a avançar, com a cobertura 5G alcançando metade da população global, embora as disparidades permaneçam acentuadas”, afirma o relatório.
Na mesma linha, a China liderou no campo da robótica, detendo 41% do estoque operacional global de robôs em 2023. Em seguida está o Japão, com uma porcentagem significativamente menor: detém apenas 10,2% desta tecnologia.
O investimento da China em inovação e pesquisa é perceptível por meio do salto do país em 25 colocações no ranking do GII. Em 2013, estava na posição 35 da lista.
MEIO AMBIENTE
Apesar de destacar os aspectos de tecnologia e inovação no mundo, o relatório da OMPI diz que as emissões globais de dióxido de carbono provenientes de combustíveis fósseis cresceram aproximadamente 0,8% de 2023 a 2024.
É uma nova alta após uma queda temporária de 6% em 2020. No ano passado, o planeta registrou o aumento recorde de 1,3ºC na temperatura média acima dos parâmetros de 1951 a 1980.
A China, sendo responsável por 32% das emissões globais, deve registrar apenas um leve aumento de 0,2% em suas emissões –ainda com a possibilidade de apresentar redução.