PCDF prende associação criminosa que mantinha plataforma de acesso a dados pessoais de autoridades e a serviços governamentais restritos
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), deflagrou, nesta semana, a Operação Darkspot para desarticular um grupo criminoso especializado na comercialização ilegal de dados sigilosos de órgãos governamentais e de pessoas em geral, dentre estas, autoridades públicas da cúpula dos três Poderes e do Ministério Público.
Os administradores da plataforma ilegal foram localizados e presos em uma praia privativa no litoral de Santa Catarina, onde mantinham um padrão de vida incompatível com a renda declarada. Segundo as investigações, o grupo operava um sofisticado esquema por meio de uma plataforma denominada “Max Buscas”, que disponibilizava mais de 70 painéis de pesquisa contendo dados sigilosos de pessoas físicas e jurídicas e acesso a dados restritos de órgãos governamentais.
O sistema possuía uma estrutura hierarquizada que incluía administradores, fornecedores, revendedores, prepostos e clientes.
A plataforma dava acesso ilegal a bancos de dados de diversos órgãos governamentais, comprometendo a segurança das informações e expondo dados sensíveis de cidadãos.
Os investigados responderão pelos crimes de: Invasão de dispositivo informático (art. 154-A do Código Penal)
• Associação criminosa (art. 288 do Código Penal) • Lavagem de dinheiro (Lei 9.613/98) Considerando a soma das penas máximas previstas para estes crimes, os investigados podem enfrentar até 17 anos de reclusão, além de multa.
MEDIDAS ADOTADAS Além das três prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, com a apreensão de equipamentos eletrônicos, documentos e veículos de luxo, além de aproximadamente R$ 108 mil, em espécie.
A justiça também determinou o bloqueio de contas bancárias e ativos financeiros dos investigados, além da suspensão da plataforma e o bloqueio dos domínios relacionados.
A operação contou com o apoio do Instituto de Criminalística da PCDF, que realizou a preservação forense dos dados para subsidiar as investigações e futuras ações penais.