Espaços da Secretaria de Desenvolvimento Social passam por reforma e manutenção
A Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal (Sedes) tem como missão principal garantir os direitos da população em situação de vulnerabilidade e risco social. É fundamental, portanto, que os espaços físicos dela ofereçam uma sensação de acolhimento e proteção.
É exatamente por isso que boa parte dos equipamentos da Sedes está passando por trabalhos de reforma e manutenção. Entre Centros de Referência de Assistência Social (Cras), Centros de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), Centros de Convivência (Cecons), Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centros Pop), restaurantes comunitários e demais aparelhos, são 94 espaços, dos quais, 45 passam ou passaram recentemente por obras, segundo o subsecretário de Administração Geral da Sedes, Edward Fonseca de Lima. Só neste ano, foram investidos nos reparos R$ 8,7 milhões.
“São manutenções corretivas ou preventivas e a gente tem um cronograma para que elas atinjam todas as unidades”, explica o subsecretário. “Tem unidade que estava há 20, 25, até 30 anos sem uma manutenção interventiva, estrutural mesmo, de elétrica, hidráulica, telhado, piso”, acrescenta.
Em todo o ano passado, 232 mil famílias foram atendidas pela Sedes. Para este ano, a previsão é de que o número chegue a 282 mil. Até o momento, foram atendidas 132 mil. Há uma preocupação da secretaria em não paralisar esses atendimentos enquanto as obras são realizadas. Dessa forma, a depender do trabalho que esteja sendo realizado, os acolhimentos são feitos em uma parte dos prédios ou mesmo de forma remota. “A gente não pode paralisar, a gente precisa viabilizar esse atendimento. Então, as nossas equipes elaboram uma metodologia de atendimento que vai fazer com que a unidade não pare”, diz Edward.
“Quando não tem o espaço adequado, a gente prejudica a política pública”
Edward Fonseca de Lima, subsecretário de Administração Geral
O subsecretário ainda enfatiza a importância de um espaço bem cuidado no acolhimento à população: “Quando não tem o espaço adequado, a gente prejudica a política pública. Um equipamento bem estruturado vai ter impacto significativo na política pública, não é só a obra efetivamente, mas a capacitação dos servidores, o mobiliário novo, os aparelhos de ar-condicionado, as salas adequadas… O equipamento é, de fato, essencial para o desenvolvimento da política pública”.
Que o diga o agente social Eduardo Moraes. Ele trabalha no Cras do P Sul, em Ceilândia — um dos equipamentos entregues recentemente —, e destaca a criação de salas para atendimento individualizado. “Melhorou bastante em questão de privacidade do usuário. Hoje ele pode ter um atendimento mais humanizado, mais especializado”, afirma. “Quando tem essa privacidade, ele consegue ser mais verdadeiro no que está passando, nas suas dificuldades, não tem vergonha de falar suas necessidades”, completa.
Os usuários também aprovaram as instalações reformadas. “É muito bom. Agora está novinho, não pegamos mais chuva ali”, celebra o aposentado Edgar Alves, de 69 anos, referindo-se à entrada do local, agora coberta. “[Ficou] Mais acolhedor, a comunidade merece”, emenda Alice Pereira, 31.
Equipamentos
De acordo com a Sedes, os Cras são a porta de entrada para a política de assistência social. Eles oferecem, entre outras coisas, atualização de Cadastro Único, inclusão em benefícios de segurança alimentar e demais auxílios, e acompanhamento familiar com especialistas em assistência social a todas as pessoas.
Os Creas, por sua vez, atuam em situações de maior complexidade e gravidade, atendendo pessoas que tenham sido vítimas de algum tipo de violação de direito, como violência física, sexual ou psicológica, afastamento do convívio familiar e abandono.
Os Centros Pop servem como um ponto de apoio para guarda de pertences, higiene pessoal, alimentação e provisão de documento às pessoas em situação de rua. Eles não são, contudo, um abrigo.
Por fim, os Cecons são espaços públicos onde grupos se encontram para a realização de atividades, tais como debates e oficinas. Esses espaços têm caráter preventivo e proativo, e são voltados à afirmação de direitos e ao desenvolvimento de capacidades.