[19:17, 10/04/2025] Paulo Sá – Sócio: O transporte entre Padre Bernardo e Brasília voltou a ser pauta urgente entre moradores, empresa responsável pelo serviço e autoridades locais. A denúncia, feita por uma seguidora do Brasília Online, revelou a dificuldade enfrentada por dezenas de trabalhadores que dependem das poucas opções de horário da linha que sai da Rodoviária de Taguatinga — especialmente após as 17h30.

Diante da situação, a Prefeitura de Padre Bernardo, por meio do chefe de gabinete Denilson, afirmou estar ciente do problema e vem cobrando mais atuação dos órgãos fiscalizadores competentes, principalmente a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pela regulação e fiscalização do transporte interestadual.

“Nós já temos atenção com a questão da pirataria que atrapalha os ônibus da sede. Vamos entrar em contato novamente com a ANTT, reforçar os pedidos de fiscalização e também verificar a questão dos horários”, afirmou Denilson em contato com o Brasília Online.

📉 O outro lado: o desafio da empresa em manter o serviço
Em conversa com nossa equipe, o empresário Ronivon, representante da UTB – União Transporte de Brasília, explicou as dificuldades enfrentadas pela companhia para manter as linhas operando com regularidade.

“Tem horário que o ônibus sai com duas ou três pessoas. Como a empresa sobrevive assim? O combustível está caro, a manutenção é pesada, o investimento em cada veículo é alto. Sem passageiro, não há operação que se sustente”, declarou.

Apesar do cenário desafiador, a empresa tem se mantido firme, operando linhas que já seriam, por si só, deficitárias, movida pelo compromisso com a população. Além disso, tem solicitado apoio constante da ANTT e denunciado a concorrência desleal de veículos piratas, que capturam passageiros exatamente nos horários de pico, esvaziando os ônibus regulares.

⚠️ Pirataria no transporte: um problema coletivo
O transporte clandestino, apesar de parecer uma “solução rápida”, é um dos grandes vilões do problema atual. A atuação desenfreada de veículos piratas não apenas coloca a segurança dos passageiros em risco, mas afasta a sustentabilidade das linhas regulares, que são submetidas a regras, fiscalização, custos operacionais e obrigações legais.

“Em alguns setores, já contamos mais de 25 carros piratas atuando diariamente. Eles tomam os horários dos ônibus e ainda operam sem qualquer responsabilidade legal”, alertou Ronivon.

📢 A voz do povo precisa ecoar onde deve
A população, por sua vez, vem se mobilizando com abaixo-assinados e denúncias públicas, exigindo mais horários e melhorias no transporte. A iniciativa é legítima, mas é essencial que a pressão também recaia sobre os órgãos corretos — principalmente a ANTT, que tem o dever de fiscalizar, coibir a pirataria e garantir que as linhas de transporte funcionem dentro das condições adequadas.

✊ Um esforço conjunto para manter e melhorar o transporte
A solução passa por um trabalho conjunto entre empresa, poder público e população, onde cada parte desempenha um papel essencial. A prefeitura tem feito sua parte cobrando ações mais efetivas da fiscalização. A empresa tem mantido seu compromisso apesar dos desafios financeiros. Agora, é fundamental que a sociedade pressione os canais corretos, como a ANTT, para garantir o direito a um transporte digno e eficiente.

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