Zema lança vídeo para rebater campanha do PT sobre taxar ricos

Partido do governo Lula defendeu mais impostos para os “BBBs”, os bilionários, os bancos e as bets; o governador de Minas Gerais diz que é “blá-blá-blá”

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), compartilhou um vídeo neste sábado (28.jun.2025) no Instagram para rebater a campanha feita pelo PT (Partido dos Trabalhadores) sobre taxação de “BBBs”, bilionários, bancos e bets. Ele afirmou que é mais um “blá-blá-blá” do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, segundo ele, mente para a população.

O vídeo que aparenta ter sido feito com inteligência artificial mostra uma balança gigante, símbolo da Justiça. De um lado, há uma barra de ouro escrita “governo” com 3 personagens próximos em referência a Lula, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a primeira-dama Janja da Silva. Do outro lado, há pessoas que representam brasileiros e carregam 5 sacos escritos “impostos”. A balança desequilibra depois que são acrescentados os sacos escritos “Janja”, “roubo do INSS” e “IOF” do lado dos trabalhadores.

“O governo Lula diz que agora a balança é justa, que estão taxando os ricos. Mas a verdade é que, de um lado, Lula, Haddad, Janja, e, do outro, o povo sendo esmagado com as viagens milionárias de Janja, roubo do INSS, corrupção, IOF é o BBB. Mais um blá-blá-blá do governo Lula, sempre mentindo para você”, diz a narração.

Assista (45s):

ENTENDA

O vídeo é uma resposta à campanha do Partido dos Trabalhadores pelas medidas que aumentam tributos. No vídeo compartilhado pela sigla do presidente Lula, também há uma balança gigante, que está desequilibrada: de um lado, há mais sacos de estopa com a inscrição “imposto”. Dezenas de trabalhadores seguram, com esforço, o prato mais pesado da balança, enquanto 3 homens de terno e gravata sustentam com facilidade o outro prato.

Uma mão surge no quadro e retira alguns dos sacos do lado mais pesado e move para o lado mais leve, no intuito de equilibrar a balança.

Ao final, a locução no vídeo faz referência a alguns dos segmentos que seriam mais taxados: “Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets. Novo IR é justiça histórica. Justiça de verdade”.

Assista ao vídeo (1min20seg):

A retórica lembra discursos dos séculos 19 e 20, em que o proletariado é tratado como moralmente superior e guiado por um Estado que promete corrigir desigualdades estruturais. O Estado e o governo de esquerda nesse caso são o farol que ilumina o caminho: “O governo Lula quer virar esse jogo com o novo IR. Fazer os super ricos e os sites de apostas pagarem mais”.

A estética é parecida a livros e filmes do passado, em que os trabalhadores são apresentados como subjugados, mas que desejam reagir. Em alguns momentos, as imagens do vídeo evocam romances como “Os Miseráveis” (1862), de Victor Hugo (1802-1885) ou “Germinal” (1885), de Émile Zola (1840-1902).

Lula, Sidônio Palmeira, responsável pela Secom (Secretaria de Comunicação), PT e a esquerda acreditam que a melhor fórmula para ganhar as eleições em 2026 é aprofundar a divisão na sociedade, promovendo o confronto de pobres contra ricos. Alguns marqueteiros acreditam que essa possa ser uma estratégia errada.

O próprio PT, por meio da Fundação Perseu Abramo, descobriu anos atrás que eleitores pobres na periferia de São Paulo desejam subir na vida sendo empreendedores para ficar “ricos”. Isso é muito presente entre eleitores evangélicos, perto de 35% do total hoje, que enxergam o lucro e uma carreira bem-sucedida com algo positivo —em vez de apenas esperar que o governo ajude de alguma forma.


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