Instituição de ensino cortou US$ 140 milhões; citou as políticas de Trump para o ensino superior como motivo
A Universidade Stanford, nos Estados Unidos, disse na 3ª feira (5.ago.2025) ter demitido mais de 360 funcionários. Em comunicado enviado à agência Reuters confirmando os desligamentos, a instituição atribuiu as restrições orçamentárias às políticas de financiamento federal do presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano).
O governo Trump vem congelando verbas federais para diversas universidades por causa de protestos pró-Palestina realizados em meados do ano passado. O presidente norte-americano também pede mudanças nas políticas das instituições de ensino em temas como clima, diversidade, equidade e inclusão.
“Stanford está em processo de redução orçamentária”, disse um porta-voz da universidade no comunicado. “Na semana passada, muitas escolas e unidades [ligadas à instituição de ensino] reduziram o quadro de funcionários. No total, foram 363 demissões”, declarou.
Em junho, Stanford declarou que havia feito uma redução de US$ 140 milhões no orçamento geral para 2026 por causa de “um ambiente fiscal desafiador, moldado em grande parte por mudanças na política federal que afetam o ensino superior”.
Segundo a Reuters, o governo Trump também congelou mais de US$ 330 milhões em financiamento para a UCLA –Universidade da Califórnia em Los Angeles–, depois de dizer que a instituição não conseguiu evitar um ambiente hostil para estudantes judeus e israelenses desde que os protestos eclodiram no campus, em junho de 2024.
Recentemente, a Casa Branca chegou a um acordo com a Universidade Columbia, que aceitou pagar mais de US$ 220 milhões, e com a Brown, que informou que pagará US$ 50 milhões. Ambas as instituições aceitaram certas exigências feitas pelo governo. As negociações para um acordo com a Universidade Harvard continuam em andamento.