União Brasil decide na 4ª feira se expulsa Celso Sabino

Deputado federal licenciado e ministro do Turismo não quer sair do governo Lula e deve ser punido por infidelidade partidária

O União Brasil decidirá na 4ª feira (8.out.2025) se expulsa o ministro do Turismo, Celso Sabino, por infidelidade partidária. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), anunciou a data da deliberação em sua conta oficial no X.

Caiado disse que o correligionário tem “reiterada infidelidade partidária”. Segundo o governador, a cúpula do União Brasil também discutirá a dissolução do diretório da legenda no Pará, que está sob a presidência de Sabino.

Caiado afirmou que a medida é necessária para que “o União Brasil seja comandado por quem realmente se posiciona contra o governo do PT e luta contra a venezuelização” do Brasil. Em 2023, Sabino se licenciou do cargo de deputado federal para assumir o Ministério do Turismo.

A dissolução do diretório do Pará, com a consequente reestruturação do partido nos municípios do Estado, dificulta o plano de Sabino de ser candidato a senador em 2026. Contudo, há espaço para que concorra no MDB, como mostrou o Poder360.

Eis a mensagem do governador de Goiás:

RESISTÊNCIA

Sabino deu vários sinais de que não pretende deixar o ministério do Turismo. Por isso, o União Brasil abriu processo disciplinar contra ele. O relator do caso é o deputado federal Fabio Schiochet (União Brasil-SC).

O ministro pediu demissão em 26 de setembro, mas permanece no governo –argumentou que ficou a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na 5ª feira (2.out), Sabino afirmou que apoiará o petista “onde quer que esteja”.

O União Brasil chegou a dar um ultimato para que filiados com cargos federais deixassem o governo sob pena de expulsão. O partido tem 59 deputados federais e 7 senadores. Declarou-se base de sustentação do governo no início do mandato, mas a direção nacional mudou de posição em 2025 e passou a adotar uma linha de oposição.

Em 19 de agosto, PP e União Brasil formalizaram a federação União Progressista. As duas siglas integram o Centrão, grupo de partidos sem coloração ideológica definida que costuma apoiar diferentes governos. Os 2 partidos, no entanto, decidiram desembarcar do governo Lula. Juntos, reúnem 109 deputados federais e 14 senadores, consolidando-se como o maior bloco da Câmara e empatando com o PL como uma das maiores bancadas do Senado.

O ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), também está sob pressão do Progressistas, mas cumpre agenda normalmente no governo. Na 2ª feira (6.out), acompanhará Lula em evento no Maranhão, segundo apurou este jornal digital.


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