(Reuters) – O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que sua diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, estava errada ao sugerir que não havia evidências de que o Irã estivesse construindo uma arma nuclear.
Trump contestou avaliações de inteligência, divulgadas no início deste ano, por sua chefe de espionagem, de que Teerã não estava construindo uma arma nuclear. O presidente falou com repórteres em um aeroporto em Morristown, Nova Jersey.
“Ela está errada”, disse Trump.
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Em março, Gabbard testemunhou perante o Congresso que a comunidade de inteligência dos EUA continuava a acreditar que Teerã não estava construindo uma arma nuclear.
“A (comunidade de inteligência) continua a avaliar que o Irã não está construindo uma arma nuclear”, afirmou.
Na sexta-feira, Gabbard disse em uma publicação na plataforma de mídia social X que: “Os Estados Unidos têm informações de que o Irã está em condições de produzir uma arma nuclear dentro de semanas ou meses, se decidir finalizar a montagem. O presidente Trump deixou claro que isso não pode acontecer, e eu concordo.”
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Ela afirmou que a mídia tirou seu depoimento de março “do contexto” e estava tentando “fabricar divisão”.
A Casa Branca afirmou que Trump avaliaria o envolvimento no conflito Irã-Israel nas próximas duas semanas. Na terça-feira, Trump fez comentários semelhantes a repórteres sobre a avaliação de Gabbard.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu justificou uma semana de ataques aéreos contra alvos nucleares e militares iranianos dizendo que Teerã estava prestes a ter uma ogiva.
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O Irã nega desenvolver armas nucleares, dizendo que seu programa de enriquecimento de urânio é apenas para fins pacíficos.
Em março, Gabbard descreveu o estoque de urânio enriquecido do Irã como sem precedentes para um Estado sem tais armas. Além disso, afirmou que o governo estava monitorando a situação de perto. Ela também disse que o Irã havia começado a discutir armas nucleares em público, “encorajando os defensores das armas nucleares dentro do aparato decisório do Irã”.
Uma fonte com acesso a relatórios de inteligência dos EUA disse à Reuters que a avaliação apresentada por Gabbard não mudou.