“Não permitirei que os democratas tomem nossas Forças Armadas e toda a segurança de nosso país como reféns”, declarou o presidente dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (11.out.2025) que assegurará o pagamento das tropas militares norte-americanas até 4ª feira (15.out).
Em seu perfil na Truth Social, Trump disse ter instruído Pete Hegseth, secretário de Defesa, a usar todos os recursos disponíveis para efetuar os pagamentos, afirmando que fundos já foram identificados para os repasses.
“Não permitirei que os democratas mantenham os militares e toda a segurança da nação como reféns do shutdown”, declarou o republicano. Trump criticou o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, a quem responsabilizou pelo bloqueio das negociações no Congresso.
O presidente norte-americano declarou ainda que as “tropas corajosas” dos EUA “não perderão o pagamento que lhes é direito” e pediu que os democratas “abram o governo” para que outras pautas, como saúde, possam avançar.
Eis a íntegra da publicação, em português:
“Chuck Schumer disse recentemente: ‘Cada dia fica melhor’ durante a paralisação promovida pela esquerda radical. Discordo! Se nada for feito, por causa de Chuck Schumer e dos democratas, nossas tropas corajosas perderão os salários a que têm direito em 15 de outubro. É por isso que estou usando minha autoridade como Comandante das Forças Armadas para instruir nosso secretário de Defesa, Pete Hegseth, a usar todos os fundos disponíveis para que nossas tropas sejam PAGAS em 15 de outubro. Os fundos já foram identificados, e o secretário Hegseth os utilizará para PAGAR NOSSAS TROPAS. Não permitirei que os democratas mantenham nossas Forças Armadas e toda a segurança de nossa nação como reféns, com seu perigoso shutdown. Os democratas de esquerda radical devem reabrir o governo, e então poderemos trabalhar juntos para tratar da saúde e de muitas outras coisas que eles querem destruir. Obrigado pela atenção a este assunto!”.
ENTENDA O IMPASSE
A Câmara aprovou uma extensão dos gastos até novembro, mas no Senado a maioria republicana precisa de votos de pelo menos sete democratas para aprovar a lei. O problema é que os lados discordam sobre como estruturar o orçamento.
Os republicanos defendem cortes mais profundos em programas sociais e redução de gastos federais, alegando que o deficit do governo está em trajetória insustentável. Já os democratas defendem a manutenção de investimentos em saúde, educação e infraestrutura, afirmando que os cortes propostos prejudicariam milhões de famílias norte-americanas. Sem consenso, nenhuma das propostas avança.
A paralisação começou em 1º de outubro e seus efeitos serão sentidos rapidamente nos EUA. Nos mercados financeiros, tende a aumentar a volatilidade de ações, juros e câmbio, além de provocar busca por ativos de refúgio, como Treasuries e ouro, e impactar setores dependentes de contratos ou aprovações do governo.
O impacto costuma ser limitado se a paralisação for curta, mas a ameaça de demissões em massa aumenta a gravidade potencial.