Nova fase do tarifaço amplia taxas sobre produtos estrangeiros; Brasil segue como principal alvo
Em meio à escalada das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos a diversos países, o presidente Donald Trump afirmou, no último domingo (3/8), que a população norte-americana de renda média e baixa pode ser beneficiada financeiramente com parte dos recursos arrecadados. Segundo o republicano, o governo estuda distribuir uma espécie de “dividendo tarifário” com base no que for acumulado com as novas taxas sobre importações.
“Pode haver uma distribuição ou um dividendo para o povo de nosso país. Eu diria que para as pessoas de renda média e baixa”, declarou Trump a jornalistas, antes de embarcar no Air Force One, após deixar seu clube de golfe em Nova Jersey.
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O presidente Donald TrumpReprodução: CNN

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos e Gianni Infantino, presidente da FIFAReprodução/x: ge

Donald TrumpFoto: Brendan Smialowski/AFP

Donald Trump falou dos ataques dos Estados Unidos contra o Irã neste sábado (21/6)Reprodução: Globo

Donald Trump na Casa BrancaReprodução poder360.com.br
A proposta foi feita dias antes da entrada em vigor da nova rodada de tarifas, que passa a valer nesta semana. Na prática, a medida amplia e reajusta tributos sobre produtos estrangeiros com alíquotas que variam entre 10% e 41%. O Brasil, no entanto, segue como o país mais atingido: produtos brasileiros terão tarifa de 50% a partir de 6 de agosto.
Embora a nova fase do tarifaço atinja várias nações, poucas enfrentam um peso tão alto quanto o Brasil. A justificativa oficial da Casa Branca é de que ações recentes do governo brasileiro representariam “uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”.
Na sequência do ranking das nações mais afetadas pelas novas tarifas, aparecem Síria (41%), Laos e Mianmar (ambos com 40%). Em contrapartida, o Reino Unido e as Ilhas Malvinas foram os menos impactados até o momento, com taxa mínima de 10%.