“Três Graças”: Aguinaldo Silva promete novela popular no lugar de “Vale Tudo”

Autor vencedor de dois Emmys faz um retorno potente ao horário nobre em outubro depois de seis anos

Aguinaldo Silva está de volta — e quer conversar com o Brasil real. Em sua nova novela, “Três Graças”, que estreia em outubro na Globo, o autor vencedor de dois Emmys faz um retorno potente ao horário nobre depois de seis anos – seu último trabalho no horário foi “O Sétimo Guardião”. A proposta? Uma novela “popular e abrangente”, como ele mesmo define. “Quero falar do dia a dia de quem sai às 5h da manhã e pega três ônibus pra trabalhar. É uma novela da atualidade, do ônibus, do metrô, do trem”, crava o autor.

Com essa proposta, “Três Graças” se posiciona como herdeira de grandes clássicos sociais da teledramaturgia brasileira — e se impõe como a sucessora direta de “Vale Tudo”, misturando crítica social, drama familiar e personagens femininas fortes. As gravações começaram em São Paulo este mês e movimentam regiões como Brasilândia, Pinheiros e a Aclimação, misturando ficção e realidade na composição do universo da novela.

A trama gira em torno de Gerluce Maria das Graças (Sophie Charlotte), uma mulher que carrega nas costas três gerações de histórias marcadas pela maternidade precoce. Filha de Lígia (Dira Paes) e mãe de Joélly (Alana Cabral), ela vive na favela fictícia das “Três Graças” e representa milhões de brasileiras que lutam todos os dias para dar aos filhos uma vida diferente da que tiveram. “Ela não se conforma. Quer uma vida melhor pra filha e vai lutar até o fim por isso”, explica Aguinaldo.

Com coautoria de Virgílio Silva e Zé Dassilva, e direção artística de Luiz Henrique Rios, “Três Graças” aposta numa estética vibrante e numa linguagem que foge do naturalismo. A ideia é construir uma tragicomédia contemporânea, com emoção à flor da pele.

“Não é uma novela sobre a periferia. É uma novela sobre o Brasil”, define Rios. A cidade de São Paulo — suas vielas, seu ritmo, suas contradições — aparece como personagem viva, com destaque para a região da Brasilândia, onde foram feitas gravações com figurantes locais e cenografia integrada à comunidade.

A atriz Sophie Charlotte destaca o impacto de iniciar as filmagens no local retratado pela trama: “Começar vendo a vida do lugar inspira muito. A forma como fomos recebidos, o cotidiano das pessoas, isso tudo entra na pele da personagem.”

Depois de personagens inesquecíveis como Tieta (Betty Faria), Maria do Carmo (Susana Vieira), Nazaré Tedesco (Renata Sorrah), Crô (Marcelo Serrado) e o comendador Zé Alfredo (Alexandre Nero), Aguinaldo Silva promete, mais uma vez, mexer com o público e colocar a novela no centro do debate nacional. “Três Graças” quer emocionar, provocar e, acima de tudo, se conectar com o Brasil de agora.

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