Tarcísio critica prisão de Bolsonaro e diz que medida “fere a dignidade humana”

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou neste sábado (22) a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada horas antes pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em publicação nas redes sociais, Tarcísio afirmou que a ordem judicial “atenta contra o princípio da dignidade humana” e ignora o quadro médico do ex-presidente.

“Jair Bolsonaro tem enfrentado todos os ataques e injustiças com a firmeza e a coragem de poucos. Tirar um homem de 70 anos da sua casa, desconsiderando seu grave estado de saúde e ignorando todos os apelos, laudos médicos e evidências, além de irresponsável, atenta contra o princípio da dignidade humana”, escreveu o governador. Ele acrescenta que, em sua avaliação, “Bolsonaro é inocente” e que o episódio será revertido.

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A reação de Tarcísio ocorre no momento em que o ex-presidente cumpre prisão preventiva na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, após ter sido levado de casa na manhã deste sábado.

A decisão de Moraes apontou risco de fuga e citou a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica — alertada pelo sistema de monitoramento na madrugada — como elemento central para converter a prisão domiciliar em preventiva.

O ministro também mencionou a convocação de uma vigília por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) nas imediações da casa do ex-presidente, vista como fator que poderia dificultar a fiscalização policial e favorecer eventual evasão.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo STF por liderar a trama golpista que tentou impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a eleição de 2022.

A sentença reconheceu sua participação nos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração de bem tombado.

A defesa do ex-presidente pediu na sexta-feira (21) que ele cumprisse a pena em regime domiciliar em razão de problemas de saúde, mas o pedido ainda não havia sido analisado quando Moraes determinou a prisão preventiva.

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