Ex-jogador afirmou que iria se encontrar com presidente norte-americano durante a partida da final da Copa do Mundo da Fifa e aproveitar para “resolver” as tarifas
O ex-jogador de futebol Ronaldo Fenômeno falou, em tom de brincadeira, neste domingo (13.jul.2025), que vai conversar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), para reduzir a tarifa de 50% aplicada sobre os produtos brasileiros exportados aos EUA.
Ao se despedir dos comentaristas que antecederam a partida entre o Chelsea e o PSG (Paris Saint-German) na final da Copa do Mundo de Clubes da Fifa ele disse que precisava ir embora porque tinha um encontro com Trump.
“Vou ter um encontro com o Trump na VVIP (Very Very Important Person) e resolver o negócio da taxa do Brasil”, disse durante uma transmissão ao vivo na CazéTV.
A partida foi realizada no Metlife Stadium, em Nova Jersey, nos EUA. Trump e a primeira-dama dos EUA, Melina Trump, ao jogo entre PSG e Chelsea.
ENTENDA
A nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros foi anunciada por Trump na última 4ª feira (9.jul).
O principal argumento do presidente norte-americano para a imposição da tarifa comercial é de que as autoridades governamentais brasileiras estariam “perseguindo” Bolsonaro.
O ex-chefe do Executivo federal é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado depois do resultado das eleições presidenciais de 2022, em que saiu derrotado.
Em resposta à medida de Trump, o presidente Lula afirmou que o “Brasil não aceitará ser tutelado por ninguém” e que o Brasil adotará a Lei da Reciprocidade Econômica (15.122 de 2025) para responder à imposição.
“O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de Estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais”, afirmou Lula em nota divulgada na última 4ª feira (9.jul).
Em sua carta endereçada a Lula, Trump considerou uma “vergonha internacional” a forma como Bolsonaro é julgado, afirmando que existe uma “caça às bruxas” que deve acabar “imediatamente”.
A China também respondeu ao anúncio do presidente norte-americano e criticou os EUA por tentar influenciar o julgamento do ex-presidente brasileiro pelo Supremo. Na 6ª feira (11.jul), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, disse que o governo norte-americano descumpre regras da ONU (Organização das Nações Unidas).
“Igualdade soberana e não interferência em assuntos internos são princípios importantes da Carta da ONU”, declarou Ning.
Entenda a disputa tarifária entre EUA e Brasil. Assista (1min47s):
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