O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Antonio Rubio, 54 anos, foi escolhido pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano) como o responsável por conduzir as negociações com autoridades brasileiras sobre o tarifaço. Seu principal interlocutor no Brasil será o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).

Rubio chefia a diplomacia norte-americana –cargo equivalente ao de ministro das Relações Exteriores no Brasil. Ex-senador pela Flórida pelo Partido Republicano, é filho de imigrantes cubanos e conhecido por sua postura rígida em relação à China, Irã, Venezuela e Cuba.

A relação entre Rubio e Trump evoluiu desde as primárias republicanas de 2016, quando ambos disputaram a indicação do partido. Na época, Rubio chamou Trump de “trapaceiro”, enquanto o então candidato o apelidou de “Pequeno Marco”. Após a vitória de Trump, os 2 se reaproximaram, e Rubio conquistou a confiança do republicano para ocupar um dos principais postos do 2º mandato de Trump.

Relação com o Brasil

Rubio é crítico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após a eleição de 2022, publicou um artigo em que reprovou a aproximação de Lula com a China e com o líder venezuelano Nicolás Maduro.

Nos últimos meses, Rubio fez declarações e anunciou medidas contra autoridades brasileiras:

Rubio se aproximou da família Bolsonaro em 2018, por meio do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Após Jair Bolsonaro assumir a Presidência, Rubio passou a receber Eduardo e outros aliados em viagens aos Estados Unidos.

Nos últimos meses, o secretário foi o principal interlocutor de Eduardo no governo norte-americano. O deputado brasileiro se mudou para os Estados Unidos em fevereiro de 2025.

Eduardo é tido como um dos principais responsáveis por fomentar as sanções comerciais ao Brasil e as punições a autoridades brasileiras com o objetivo de ajudar o seu pai, Jair Bolsonaro (PL) a ter algum tipo de anistia. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Eduardo chegou a agradecer a Rubio e a Trump pela revogação do visto de Alexandre de Moraes.