Os preços da carne de frango e do animal vivo no Brasil interromperam a trajetória de queda depois de o país ser reconhecido novamente pela OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) como território livre da gripe aviária, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da USP (Universidade de São Paulo).

“Desde o dia 18 de junho, quando o Brasil voltou a ser certificado como livre da doença após ter cumprido todos os protocolos internacionais, o setor nacional está mais otimista, e o Cepea já verifica leves reações nos valores da carne e do frango vivo em algumas praças e estabilidade em outras”

O declínio nos preços começou em maio, quando parceiros comerciais internacionais impuseram restrições às exportações brasileiras devido à detecção da doença no território nacional.

Veja o desempenho das cotações da carne de frango no Brasil desde o diagnóstico do caso de gripe aviária em 16 de maio. Clique aqui para ver o gráfico em outra aba.

Segundo o Cepea, a reversão nos valores foi detectada em diferentes regiões do país. Em algumas praças, os pesquisadores verificaram reações positivas nos preços, enquanto em outras localidades houve “apenas” estabilização dos valores.

Os pesquisadores afirmaram que a retomada das exportações dos produtos avícolas ainda não teve reflexo no preço dos ovos.

O impacto da recuperação beneficia, segundo o Cepea, tanto produtores quanto a cadeia de comercialização da carne de frango no Brasil.

A pesquisa não apresenta dados específicos sobre a magnitude do aumento de preços ou valores exatos das negociações, nem indica previsões detalhadas sobre o comportamento futuro do mercado.

De acordo com o presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Ricardo Santin, o Brasil, com o reconhecimento da OMSA, restabelecerá exportações frente aos diversos mercados que aplicam algum tipo de restrição ou suspensão, o que também influenciará no preço do produto.

“Estamos confiantes no rápido restabelecimento da normalidade no fluxo dos embarques e no reforço de nosso papel em prol da segurança alimentar global”, afirmou.