Na manhã de hoje, 27/08, a Policia Civil do Distrito Federal, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT/DECOR), em conjunto com a Receita do Distrito Federal, deflagrou a operação policial FALSO FIDC, para dar cumprimento a 15 mandados de busca e apreensão, sequestros de 11 bens imóveis, 90 veículos, um helicóptero (2024), um avião (King Air), além do bloqueio de cotas de um Fundo de Investimento em Direito Creditórios com mais de 95 milhões em ativos (considerando Informes junto a CVM – Comissão de Valores Mobiliários).
Durante as investigações, foi constatado um esquema de fraude fiscal bilionário por meio de empresas fictícias no Distrito Federal (chamadas de empresas “noteiras”), supostamente atuantes no ramo de metais e sucatas, especialmente ferro. Foram identificadas 31 empresas no Distrito Federal que emitiram notas fiscais fraudulentas destinadas quase exclusivamente a duas empresas, também de fachada (mas com estrutura física), situadas no Estado do Tocantins.
As empresas sediadas em Tocantins repassavam milhares de notas fiscais para o grupo investigado, sediado em Minas Gerais, com filiais em Goiás e Espírito Santo. Segundo apurado, o esquema gerou um prejuízo de ao menos R$ 288 milhões de reais para o Distrito Federal, contando dezenas de Autuações fiscais.
A fraude investigada era extremamente complexa e elaborada e foi arquitetada em três etapas: 1) criação de 31 empresas noteiras no DF, responsáveis pela emissão conjunta de mais de R$ 1,96 bilhão em notas fiscais, destinadas às duas empresas de fachada do Tocantins; 2) emissão de mais de R$ 1,22 bilhão em notas fiscais pelas duas empresas de fachada do Tocantins destinadas aos beneficiários da fraude, com filiais em MG, GO e ES.