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Caio Bonfim, de Sobradinho, Distrito Federal, fez história no Mundial de Atletismo em Tóquio ao sagrar-se campeão dos 20 km de marcha atlética com o tempo de 1h18min35s. Essa vitória representa o primeiro ouro global do Brasil nessa modalidade, além de levá-lo a se tornar o atleta com mais medalhas do país na história de uma das competições mais prestigiadas do esporte no planeta.
A prova se desenrolou sob uma combinação de paciência tática e aceleração nos momentos decisivos. Nos primeiros quilômetros, Bonfim permaneceu fora do top 20, mantendo-se com calma em segundo pelotão, avaliando o ritmo sem se desgastar cedo demais. A experiência foi fundamental ao evitar penalizações enquanto adversários favoritos enfrentavam cartões por infrações de marcha, inclusive o japonês Toshikazu Yamanishi, que foi punido quando estava em posição de disputa.
Foi somente na reta final, faltando cerca de um quilômetro para o fim, que Bonfim fez sua jogada decisiva: ultrapassou primeiro Paul McGrath (Espanha), depois o chinês Zhaozhao Wang, mantendo o ritmo forte até cruzar a linha de chegada. Wang ficou em segundo, com tempo de 1h18min43s, e McGrath levou o bronze.
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Além do valor esportivo, o feito personaliza uma trajetória marcada por superações: Bonfim já havia conquistado bronze nos Mundiais de Londres 2017 e Budapeste 2023 (20 km), e prata nos 35 km em Tóquio 2025, antes deste ouro. Com isso, ele consolida-se como o maior medalhista brasileiro em Campeonatos Mundiais de Atletismo.
Bonfim também revela que durante a prova perdeu sua aliança, no terceiro quilômetro, mas brincou que sua esposa talvez perdoe quando souber do ouro conquistado. O ouro nos 20 km também trouxe um prêmio financeiro significativo: pelos regulamentos do Mundial, ele ganha US$ 70 mil, o equivalente a mais de R$ 370 mil, somado ao prêmio da prata nos 35 km disputados antes.
Marca do triunfo
A cerimônia de premiação aconteceu sob clima de festa na manhã de sábado (20/9), diante do Estádio Nacional do Japão. Diante de torcedores e colegas de delegação, Caio Bonfim subiu ao ponto mais alto do pódio, ouviu o hino nacional e celebrou o feito histórico que coloca definitivamente seu nome entre os maiores do atletismo brasileiro.
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