Moraes aciona AGU para garantir extradição de Carla Zambelli da Itália

Deputada foi presa em Roma após condenação no Brasil e agora é alvo de pedido formal de extradição

A prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL) em Roma, na última terça-feira (29/7), levou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a acionar oficialmente a Advocacia-Geral da União (AGU). A medida, determinada nesta quinta-feira (31/7), tem como objetivo assegurar que o processo de extradição da parlamentar avance junto às autoridades italianas.

Zambelli, que possui dupla cidadania (brasileira e italiana), viajou à Europa após ter sido condenada pelo STF a 10 anos de prisão. A condenação está ligada à invasão dos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023. Segundo as investigações, a deputada foi a mandante da ação, que resultou na emissão de um falso mandado de prisão contra o próprio Moraes. O ataque foi executado pelo hacker Walter Delgatti, também condenado no mesmo processo.

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Câmara envia à CCJ processo de cassação de Carla Zambelli após condenação no STFReprodução: Agência Brasil

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Carla Zambelli na Itália: saiba como o país lida com casos de extradiçãoReprodução: Agência Brasil

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Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

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Desde que a prisão foi confirmada, o governo brasileiro passou a articular os trâmites legais para trazer a parlamentar de volta ao país. O pedido de extradição foi formalizado por Moraes no dia 11 de junho, e, em seguida, encaminhado pelo Itamaraty às autoridades italianas.

O documento enviado inclui a sentença da condenação, além de detalhes sobre os crimes atribuídos à deputada. De acordo com o STF, Zambelli organizou e comandou a invasão com o objetivo de adulterar dados judiciais, sem qualquer autorização legal.

Para garantir que a extradição ocorra dentro das normas internacionais, Moraes também apresentou uma série de garantias às autoridades da Itália. Entre elas, o compromisso de que a deputada não será julgada por outros fatos anteriores à extradição, não receberá pena perpétua e não sofrerá tratamento cruel, degradante ou movido por perseguição política.

Zambelli, atualmente presa em território italiano, ainda aguarda a decisão do governo local sobre o pedido de extradição.

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