O empresário Pablo Marçal (PRTB) foi condenado à inelegibilidade pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) pela 3ª vez. A nova decisão impede que ele dispute eleições até 2032.

O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, proferiu a sentença na 3ª feira (22.jul.2025). A condenação se baseia em declarações feitas por Marçal durante a campanha de 2024. Entre elas, estão críticas à Justiça Eleitoral, acusada por ele de “censura” depois da suspensão de suas redes sociais.

Além disso, Marçal afirmou que o Judiciário integraria um “sistema” contra sua candidatura. Para o juiz, essas falas colocam em risco a legitimidade do processo eleitoral.

A ação foi movida pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro), que também denunciou o uso de material de campanha irregular. Segundo o partido, Marçal estimulou eleitores a imprimirem bonés com sua marca, o que desrespeita o princípio da isonomia entre candidatos.

As duas condenações anteriores ocorreram em fevereiro e abril. Ambas envolvem abuso de poder político e econômico, além de uma multa de R$ 420 mil por desrespeito a uma liminar da Justiça.

Em nota enviada ao Poder360, Marçal afirmou que recebeu com “serenidade” a decisão da 1ª Instância da Justiça Eleitoral. Declarou ter “total convicção” de sua inocência e disse que os recursos cabíveis serão apresentados “no tempo certo”.

Marçal afirmou ainda confiar na revisão da decisão por instâncias superiores, tanto em São Paulo quanto no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Disse que não se move “por medo, nem por manchete” e que seguirá “com transparência, respeito ao povo brasileiro e compromisso com a legalidade”.

Eis a íntegra da nota:

“Recebo com serenidade a decisão de 1ª Instância que trata de episódios relacionados à eleição municipal de 2024. Embora respeite o posicionamento da Justiça Eleitoral, reafirmo minha total convicção de que sou inocente e reforço que os recursos cabíveis serão apresentados no tempo certo.

Sigo confiante na revisão dessa decisão pelas instâncias superiores, seja em São Paulo, seja no Tribunal Superior Eleitoral, e continuo acreditando na Justiça como instrumento legítimo de equilíbrio e verdade.

Não me movo por medo, nem por manchete. Continuo acreditando na Justiça e, acima dela, no propósito que me trouxe até aqui. Vou seguir firme, com transparência, respeito ao povo brasileiro e compromisso com a legalidade.”

Condenações de Marçal

Leia abaixo quais foram as outras duas condenações de inegibilidade do ex-coach:

• fevereiro de 2025
  O TRE-SP o tornou inelegível por 8 anos, por abuso de poder político e econômico, uso indevido de meios de comunicação e captação ilícita de recursos. Ele ofereceu “apoio a candidatos a vereador em troca de doações de R$ 5 .000 via Pix”;

• abril de 2025
  Em abril, Marçal foi condenado pela 2ª vez, por impulsionamento ilegal de conteúdos e gastos de campanha irregulares —como sorteios de R$ 200, divulgação de artes para impressão e uso indevido das redes sociais. Ele foi multado em R$ 420.000, mas manteve-se inelegível por 8 anos (decisão de mesma instância judicial)