O 3º mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caminha para registrar a menor inflação acumulada para um período presidencial de 4 anos desde o Plano Real. A projeção para o quadriênio (2023-2026) é de 19,73%. O índice supera o recorde anterior, de 22,21%, registrado no 2º mandato do próprio Lula (2007-2010).

O cálculo considera os dados oficiais de 2023 (4,62%) e 2024 (4,83%) acumulados e as estimativas do Boletim Focus, do BC (Banco Central), divulgado nesta 2ª feira (20.out.2025). O relatório projeta a inflação em 4,70% para 2025 e 4,27% para 2026.

O recorde foi citado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta 2ª feira, durante o lançamento do programa “Reforma Casa Brasil”, no Palácio do Planalto.

Segundo o ministro, o presidente “bate o seu próprio recorde” ao colocar a inflação novamente em trajetória descendente. “Está como o Usain Bolt, que precisa voltar para a Olimpíada para superar a marca da Olimpíada anterior. O senhor voltou à Presidência e botou de novo a inflação em tendência de queda”, disse Haddad.

O índice projetado para o 3º mandato de Lula é inferior ao de outros governos. O 1º mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) (1995-1998) acumulou 43,44%, e o 2º (1999-2002), 39,87%. O 1º mandato de Lula (2003-2006) fechou em 28,20%. O período de Jair Bolsonaro (PL) (2019-2022) somou 26,94% de inflação acumulada.

Haddad afirmou que o controle inflacionário será acompanhado por outros indicadores positivos.

“O senhor vai terminar o seu mandato com a menor taxa de desemprego acumulada em 4 anos da série histórica do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]”, declarou. O ministro também projetou que o governo entregará “o melhor resultado fiscal desde 2015”.