Gestão da Mudança e Inovação Digital é tema de encontro de líderes da saúde

Por Jurana Lopes

Mudança desperta sentimentos diversos como, medo, resistência, aceitação ou entusiasmo. Quem nunca ficou apreensivo ao mudar de função, setor ou cargo? Transformações são inevitáveis ao longo da vida, pessoal ou profissional, e a resistência a elas é natural. Porém, reconhecer quando são necessárias e estar aberto ao novo é fundamental para o crescimento.

Foi com esse objetivo que o quarto encontro do Programa de Desenvolvimento de Lideranças (PDL) abordou o tema “Gestão da Mudança e Inovação Digital na Saúde”. A atividade reuniu gestores do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e do Hospital Cidade do Sol (HSol), promovendo reflexões e oferecendo ferramentas práticas para impulsionar resultados e transformar processos na área da saúde.

O convidado da semana foi Mateus Rodarte, diretor de Programação Financeira do GDF, graduado em Economia e Direito, com mestrado em Economia do Setor Público e doutorando em Direito. Logo no início, ele propôs uma dinâmica: solicitou que os participantes trocassem de lugar, observando as reações. Alguns se sentiram desconfortáveis, enquanto outros aceitaram prontamente.

“Às vezes, é apenas uma mudança de assento, mas mesmo assim muitos se incomodam em se sentar em outro lugar. Se adaptar e se ajustar às mudanças é uma habilidade essencial em um mundo em constante evolução”, destacou.

Em seguida, Rodarte convidou os participantes a se classificarem, de acordo com a faixa etária, como resistentes, indiferentes ou favoráveis às mudanças. Depois, explicou os diferentes tipos de transformação: voluntária e involuntária, além de abordar o impacto emocional que elas causam — negação, resistência, adaptação e, por fim, aceitação.

A era digital na saúde

Rodarte ressaltou que estar preparado para a mudança facilita a gestão, especialmente quando envolve inovação tecnológica, como a automação e a implantação de robôs. “Quando aprendemos a gerenciar mudanças, especialmente aquelas relacionadas à tecnologia, elas se tornam menos assustadoras e mais naturais, inclusive na vida pessoal”, afirmou.

Segundo ele, compreender o lado humano das mudanças é indispensável. “Hoje, são os gestores que estão sendo capacitados, amanhã eles estarão sendo liderados. Precisamos buscar equilíbrio, desenvolver a empatia e saber ouvir. Assim, todos saem ganhando.”

O palestrante destacou ainda os avanços possibilitados pela tecnologia na área da saúde, como a telemedicina. “Hoje posso me consultar online com o melhor especialista, algo impensável no passado, quando buscávamos o médico mais próximo de casa ou do trabalho. A pandemia nos mostrou a necessidade e a potência dessas ferramentas. Precisamos utilizá-las a nosso favor, sem medo de sermos substituídos — afinal, somos nós que damos os comandos.”

Para Ana Carla Freire, chefe da Regulação Cirúrgica do HRSM, o encontro foi produtivo e visionário. “Esse tipo de capacitação prepara os gestores para liderar suas equipes e implementar novos projetos ou desafios. Quando surgem mudanças, procuro sempre encorajar, mostrando que o objetivo é melhorar, evoluir.”

Ela também destacou a importância de desenvolver inteligência emocional para conduzir processos de inovação. “Infelizmente, algumas pessoas ainda enfrentam dificuldades para se adaptar às tecnologias. Por isso, o gestor deve estar emocionalmente preparado para oferecer suporte e mostrar que é possível vencer essas barreiras”, avaliou.

Sobre o PDL

O Programa de Desenvolvimento de Lideranças prevê dez encontros presenciais, sempre às quartas-feiras, no auditório do HRSM. A cada semana, um palestrante conduz reflexões e atividades práticas sobre temas fundamentais para quem lidera no ambiente hospitalar.


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