Felipe Fraga vence sprint caótica em Brasília e dispara na luta pelo bi

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O sábado (29/11) no Autódromo Internacional de Brasília teve cheiro de gasolina, fumaça e redenção. A corrida sprint, mais curta e imprevisível do fim de semana, devolveu à capital federal a essência pura do automobilismo: velocidade, nervos à flor da pele e sorte dançando lado a lado com a estratégia. Depois de 30 minutos de ação interrompida por bandeiras amarelas e longos períodos de safety-car, Felipe Fraga, da Eurofarma RC, emergiu como vencedor e deu um passo firme rumo ao bicampeonato.

A prova iniciou sob clima de tensão, com a comunidade da Stock Car ainda repercutindo as boas notícias da recuperação de Bruno Baptista e João Paulo de Oliveira, liberados do hospital após o grave acidente de sexta-feira (28/11). Quando as luzes se apagaram, o que se viu foi uma sequência de incidentes que baralharam completamente o roteiro da corrida. Pilotos e engenheiros precisaram jogar com o relógio para cumprir o pit-stop obrigatório e escapar das armadilhas estratégicas criadas pelas neutralizações.

A bandeirada final parecia premiar Ricardo Zonta, Julio Campos e o pentacampeão Cacá Bueno, mas as punições por descumprimento do pit-stop mudaram o destino da sprint. A vitória caiu no colo, ou melhor, nas mãos frias, de Fraga, que havia cruzado em quarto. O toque de sorte o fez saltar da décima para a primeira posição, seguido por Arthur Leist (Crown Racing) e pelo dono da casa, Nelson Piquet Jr. (Scuderia Bandeiras Sports), que fechou o pódio sob aplausos de um público emocionado.

O triunfo, segundo de Fraga no ano, repetindo o feito da abertura em Interlagos, o levou a 842 pontos no campeonato, abrindo 120 de vantagem sobre o companheiro de equipe Gaetano Di Mauro, que abandonou prematuramente. O tocantinense também atingiu a marca de 22 vitórias na categoria, ultrapassando Xandy Negrão e consolidando-se entre os maiores vencedores da história da Stock Car. “O mesmo safety-car que me ferrou em Cuiabá hoje me devolveu a vitória”, resumiu, emocionado, dedicando o resultado ao filho Daniel.

Brasília assistiu, assim, a um espetáculo à altura da sua história. Entre bandeiras amarelas, pit-stops e lágrimas, o asfalto do autódromo reviveu o peso simbólico do esporte a motor. Se a corrida sprint serviu de prelúdio, a promessa para o domingo é de alta octanagem e emoção em dose dupla. Porque, no coração do Planalto, o ronco dos motores voltou a ser sinônimo de pertencimento.

Corrida sprint
1º – Felipe Fraga (Eurofarma RC/Mitsubishi Eclipse Cross), 13 voltas em 32min53s366
2º – Arthur Leist (Crown Racing/Toyota Corolla Cross), a 0s397
3º – Nelson Piquet Jr. (Scuderia Bandeiras Sports/Mitsubishi Eclipse Cross), a 0s782
4º – Daniel Serra (Blau Motorsport/Mitsubishi Eclipse Cross), a 1s470
5º – Denis Navarro (Full Time Cavaleiro/Toyota Corolla Cross), a 2s260
6º – Arthur Gama (Full Time Gazoo Racing/Toyota Corolla Cross), a 3s347
7º – Zezinho Muggiati (CAR Racing Sterling/Toyota Corolla Cross), a 3s841
8º – Lucas Kohl (Scuderia Chiarelli/Chevrolet Tracker), a 5s036
9º – Gabriel Casagrande (A.Mattheis Vogel/Chevrolet Tracker), a 6s745
10º – Felipe Baptista (CAR Racing KTF/Mitsubishi Eclipse Cross), a 7s249
11º – Allam Khodair (Blau Motorsport/Mitsubishi Eclipse Cross), a 9s173
12º – Vicente Orige (Scuderia Bandeiras Sports/Mitsubishi Eclipse Cross), a 10s813
13º – Gianluca Petecof (CAR Racing KTF/Mitsubishi Eclipse Cross), a 11s127
14º – Thiago Camilo (Ipiranga Racing/Toyota Corolla Cross), a 12s841

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