Departamento do Tesouro norte-americano impôs as restrições financeiras e territoriais à advogada Viviane Barci de Moraes, e também ao instituto Lex, que é ligado à família do ministro
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta 2ª feira (22.set.2025) a aplicação de sanções da Lei Magnitsky à mulher do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, Viviane Barce de Moraes, e ao instituto Lex, que é ligado à família do magistrado. A medida foi divulgada pelo Departamento do Tesouro norte-americano e inclui congelamento de eventuais bens sob jurisdição dos EUA e restrição a transações financeiras internacionais.
O ministro Alexandre de Moraes já havia sido alvo de medidas semelhantes anteriormente em 30 de julho.
A Lei Magnitsky, criada em 2012, é um instrumento de política externa dos EUA que permite sancionar indivíduos em todo o mundo considerados responsáveis por corrupção ou violações de direitos humanos. As punições geralmente envolvem bloqueio de ativos, proibição de entrada no país e restrições de negócios com cidadãos e empresas norte-americanas.
As sanções são aplicadas com base nas listas mantidas pela Ofac (Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, em português), como a SDN List (Lista de Nacionais Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas, em português) e outros cadastros relacionados, como a Foreign Sanctions Evaders List e a Sectoral Sanctions Identifications List.
Pessoas e entidades incluídas nessas listas têm ativos bloqueados em território norte-americano e ficam proibidas de realizar transações financeiras sob jurisdição dos EUA. O sistema de busca da Ofac é usado por bancos e empresas em todo o mundo para verificar se há vínculos com indivíduos sancionados, sendo considerado parte do processo de “due diligence” internacional.
O anúncio eleva a pressão diplomática entre Brasil e Estados Unidos.
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