A atriz Karin Hils marcou presença no musical “Dreamgirls” nesta quinta-feira (7/8) e aproveitou para conversar sobre carreira, representatividade no teatro e seus próximos passos. Em entrevista com Janaína Nunes, apresentadora do Jornal dos Famosos e repórter do portal LeoDias, a artista falou sobre estar em cartaz como Madame Morrible no sucesso “Wicked”, e dividiu reflexões sobre o cenário teatral brasileiro.
“Começamos a segunda temporada agora e essa vai até quando Deus quiser”, contou, entregando que Wicked não tem data de encerramento marcada. Ela ressaltou que o teatro no Brasil tem ganhado força nos últimos anos, mas que ainda há desafios quando o assunto é diversidade de público. “Eu só vejo gente branca na plateia. Nossa, a gente normalmente não tá, infelizmente. Então, assim, quando eu ver uma plateia mista, quando eu ver uma oportunidade de todo mundo estar – não vou dizer que não tá acontecendo, porque tem a lei de incentivo, né – mas ainda é pouco.”
Veja as fotos

Karin HilsFoto: portal LeoDias

Karin interpreta Madame Morrible, com Michelle Yeoh dando vida nas telonasReprodução: Instagram/Wicked Brasil

Karin HilsFoto: Reprodução/Instagram @karinhils

Karin HilsFoto: Reprodução/Instagram @karinhils

Karin HilsFoto: Reprodução/Instagram @karinhils

Atualmente no musical “Wicked”, em cartaz em SP, Karin Hils foi alçada à fama no grupo Rouge, em 2002Divulgação
Para a atriz, o Teatro Musical é uma das manifestações artísticas mais completas, exigindo do intérprete múltiplas habilidades: “Eu acho que o Teatro Musical é uma das artes mais completas, que a gente tem a oportunidade de cantar, dançar e atuar. Então tem que ser muito potente pra fazer isso.”
Ela ainda comparou o crescimento do gênero no Brasil com a grandiosidade do Carnaval. “Sabe porque dá certo? Porque brasileiro é muito bom no que faz quando ele se propõe a fazer bem… No carnaval se ensaia durante um ano, tem estudos sobre história, tem ballet, tem dança, tem tudo que tem no Teatro Musical… harmonia, tem que ter tudo, luz, tudo.”
Ao ser questionada sobre como baratear o acesso ao teatro no Brasil, ela revelou um desejo para o futuro. “Olha, é uma boa pergunta… Ah eu tenho expectativa de sair do palco e produzir as minhas coisas. A gente precisa criar autonomia, correr atrás, sim e não ficar somente esperando a oportunidade do trabalho vir até nós.”