Há momentos no futebol em que talento, paixão e expectativas se alinham, e mesmo assim a glória escapa. Várias equipes que pintavam como favoritas à conquista da Copa Libertadores da América entraram para a história não pelo troféu, mas pela frustração e memórias do que poderiam ter sido. Algumas dessas gerações são aquelas que construíram sonhos, levantaram esperanças, e perderam a chance da consagração.
Cruzeiro: a era 97/98 que não virou domínio continental
O Cruzeiro entrava nas edições seguintes ao seu bicampeonato da década de 1990 com projeções altas. O clube mantinha um elenco competitivo, reforços constantes e estrutura para sustentar protagonismo em mata-matas. No entanto, mesmo com força técnica, não conseguiu repetir o desempenho que o colocara no topo da América. As eliminações vieram antes da semifinal, e o período terminou marcado pela percepção de que o time, mesmo forte, não conseguiu transformar seu prestígio recente em hegemonia. A história celeste demonstra que tradição não basta em um torneio tão irregular quanto a Libertadores.
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As decisões nacionais que moldaram a história da LibertadoresReprodução/CONMEBOL

Emerson Sheik – Foto: Reprodução/Internet

Taça LibertadoresDivulgação
São Paulo: o time de 200-2002 que parecia destinado a mais
Entre 2000 e 2002, o São Paulo reuniu um conjunto de jovens talentos e jogadores consolidados que fariam história no clube: Kaká, Luís Fabiano, França, Ricardinho e outros nomes que seriam símbolos de uma geração promissora. O futebol apresentado em muitos momentos parecia credenciar a equipe a mais um título continental, e a reconstrução pós-Telê já havia produzido um time competitivo. A Libertadores, porém, não acompanhou o potencial daquela fase. O clube bateu nas portas da decisão, mas parou antes da final e viu uma geração talentosa se dissipar antes que pudesse transformar expectativa em título.
Corinthians: o super elenco de 1999-2000 e a semifinal que virou trauma
Nos anos de 1999 e 2000, o Corinthians tinha um dos elencos mais fortes de sua história recente, acumulava conquistas nacionais e vivia um período de afirmação estrutural. Em 2000, chegou às semifinais da Libertadores e encarou o Palmeiras em uma das séries mais intensas do futebol brasileiro. O empate agregado levou a decisão para os pênaltis, e a eliminação encerrou uma campanha que poderia ter sido histórica. Aquele time tinha força técnica, elenco profundo e confiança, mas ficou marcado como um dos grandes favoritos que não chegaram ao título.
Flamengo: o projeto 2010-2012 que não ganhou corpo continental
O Flamengo entrou na década de 2010 com grandes jogadores, expectativa elevada e investimento significativo, especialmente nas temporadas em que Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves e outras figuras de peso compunham o elenco. A Libertadores, porém, não acompanhou o entusiasmo. As campanhas foram curtas, com eliminações precoces e desempenho abaixo do que se projetava internamente. A força do elenco não foi suficiente para traduzir competitividade doméstica em relevância continental, e o clube só voltaria a encostar na elite da América anos depois.
Atlético Nacional: o quase de 2015
Em 2015, o Atlético Nacional possuía um time estruturado, competitivo e com estilo de jogo que chamava atenção no continente. A campanha prometia, mas terminou antes do que se esperava. Curiosamente, a base daquele elenco seria campeã no ano seguinte, em 2016, provando que o potencial existia, mas não se converteu em título imediato. O caso colombiano reforça que processos, por vezes, precisam de um ano a mais para amadurecer, e que a Libertadores dificilmente premia quem não consegue executar com precisão cada etapa do mata-mata.
Grêmio: a última grande investida tricolor na América nos anos 90
O Grêmio dos anos 1990 acumulou títulos, protagonismo continental e uma identidade de competitividade. Em 1998, havia a expectativa de mais uma corrida profunda até a decisão, com elenco experiente e base vencedora. A trajetória, porém, não se consolidou, e o time ficou pelo caminho antes da grande final. A geração tinha força e continuidade, mas enfrentou um torneio que não perdoa falhas pontuais, o que é uma marca recorrente na história dos elencos que ficam na fronteira entre o sucesso e o quase.
Boca Juniors: a final de 2012 que não refletiu o favoritismo
O Boca Juniors chegou a 2012 com uma equipe vista como altamente competitiva, organizada e experiente. A campanha levou o clube à final contra o Corinthians, e o favoritismo estava dividido, considerando a tradição xeneize. A derrota na final interrompeu uma trajetória que parecia destinada a mais um capítulo vitorioso, mostrando que, mesmo para gigantes tradicionais, a Libertadores cobra perfeição em momentos decisivos. Aquela equipe se tornou lembrada como um dos elencos fortes do Boca que não transformaram expectativa em título.
Fluminense: a decisão de 2008 e o título que escapou nos pênaltis
O Fluminense, em 2008, montou um dos times mais talentosos de sua história recente e avançou até a final contra a LDU. A decisão terminou em 3 a 1 no jogo de ida e ampla recuperação no Maracanã, mas a disputa foi para os pênaltis. A derrota marcou uma das campanhas mais emocionantes do clube e a frustração de uma geração que, pelo elenco e pelo desempenho, tinha condições de conquistar a América. A final de 2008 se consolidou como um dos grandes “quase” do futebol brasileiro.
Santos: a campanha de 2019 interrompida por irregularidade
O Santos de 2019 vivia boa fase técnica sob Jorge Sampaoli, apresentava desempenho competitivo e tinha argumentos para avançar longe na Libertadores. A eliminação, porém, não veio em campo. O clube foi punido nas oitavas de final por escalar um jogador de forma irregular, o que encerrou a campanha de forma abrupta e curiosa. Aquele elenco tinha força para produzir uma trajetória mais profunda, mas acabou lembrado por um dos episódios mais burocráticos e frustrantes da história recente do torneio.
O que faltou a todos ele?
Apesar de trajetórias e contextos distintos, todos esses clubes experimentaram variações de um mesmo conjunto de fatores: falhas decisivas, irregularidades, eliminações traumáticas, pressão interna e a própria natureza imprevisível de um torneio continental. A Libertadores raramente perdoa erros. E erros mínimos podem definir se uma geração se torna campeã ou apenas entra para a história como potencial não realizado.
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