O dólar comercial fechou em forte alta nessa segunda, 10, cotado a R$ 5,852, após um dia de instabilidade no mercado global. A moeda norte-americana chegou a cair pela manhã, mas reverteu a trajetória após declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre um possível “período de transição” na economia do país. A preocupação com uma recessão nos EUA e a queda nos preços das commodities pressionaram as moedas de países emergentes.

O Ibovespa também refletiu o cenário externo e recuou 0,41%, encerrando o pregão aos 124.519 pontos. Apesar da queda, o desempenho do mercado brasileiro foi melhor do que o das bolsas norte-americanas, que registraram perdas mais expressivas. O índice Dow Jones caiu 2,08%, enquanto o Nasdaq e o S&P 500 recuaram 4% e 2,7%, respectivamente.

No Brasil, o cenário econômico segue desafiador. Além da pressão externa, o mercado financeiro elevou a projeção da inflação para 2025, que agora está estimada em 5,68%, segundo o boletim Focus, do Banco Central. A deflação na China e a desaceleração do consumo interno no país asiático também impactaram negativamente o mercado de commodities, agravando as incertezas econômicas.