A definição de indicadores e de regras para transição justa devem ser temas com maiores chances de avanços; há expectativa de anúncios do setor privado
A COP30 (Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025), em Belém (PA), não será centrada em apenas um tema, na avaliação de integrantes do governo brasileiro que participam de sua organização.
A COP29, de Baku, já encerrou os principais itens negociais do Acordo de Paris.
Os 2 temas que mais poderão avançar nas negociações para limitar o aquecimento global a 1,5º C até o fim do século são:
- indicadores – o estabelecimento das medidas de avanço na implementação. Delegações esperam fechar isso na 1ª semana da conferência;
- transição justa – migrar para uma economia de baixo carbono levando em consideração questões trabalhistas e sociais.
ANÚNCIOS VOLUNTÁRIOS
Os organizadores da COP30 esperam anúncios relevantes de compromissos do setor privado e de países. Indústrias de petróleo devem anunciar metas para eliminar a emissão de metano no processo de extração.
CONTINUAÇÃO EM 2026
Haverá uma série de eventos para dar sequência à COP30 no próximo ano. A presidência brasileira começa em Belém e vai até a próxima COP, que deve ser realizada em Adelaide (Austrália). A Turquia também está no páreo. A definição se dará até o final do evento no Brasil.
No caso do comércio exterior, o Instituto Talanoa cita recuo na Lei da Reciprocidade, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou em 11 de abril de 2025 sem vetos. A lei permite que o governo brasileiro aplique sanções a países que impuserem obstáculos à entrada de produtos brasileiros por vários critérios, incluindo os ambientais. Na avaliação do Instituto Talanoa, a lei pode impedir a aplicação de restrições à produção realizada em áreas de desmatadas recentemente.