O Brasil registrou aumento no consumo nacional de eletricidade em julho de 2025, em comparação com o mesmo mês de 2024. Os dados, da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), foram divulgados na última 5ª feira (28.ago.2025). Este aumento quebra a tendência de queda observada nos 3 meses anteriores.

O consumo no mês de julho de 2025 foi de 45.177 gigawatts-hora, um aumento de 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

De acordo com a EPE, a classe residencial registrou alta, com taxa interanual de 5,9% em julho de 2025. Já as classes industrial (-1,0%), comercial (-1,5%) e outros (-3,6%) apresentaram retração.

Regionalmente, o Sul (+4,4%) se destacou. A EPE atribui a alta à baixa base comparativa com julho de 2024, quando o Rio Grande do Sul teve o seu consumo afetado pelas enchentes.

Nordeste (+1,7%) e Norte (+1,0%) também utilizaram mais energia, enquanto o Sudeste (-1,1%), e o Centro-Oeste (-1,1%) tiveram retração no consumo.

Já o consumo nacional acumulado nos últimos 12 meses foi de 563.208 GWh, alta de 1,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A EPE diz que o movimento de migração de consumidores cativos para o mercado livre permanece intenso depois da abertura para todos os consumidores do grupo A (alta tensão) em janeiro de 2024, estabelecida na portaria do Ministério de Minas e Energia nº 50 de 2022.

De acordo com a empresa, o mercado livre, com 20.760 GWh, respondeu por 46,0% do consumo nacional de energia elétrica em julho de 2025, com crescimentos de 4,8% no consumo e de 49,7% no número de consumidores, na comparação com julho de 2024.

O Sul foi a região que mais expandiu o consumo (+10,1%), enquanto o Centro-Oeste teve o maior aumento no número de consumidores livres (+72,1%). Já o mercado regulado das distribuidoras, com 24.417 GWh, que respondeu por 54,0% do consumo nacional, teve queda no consumo de 2,8% e aumento no número de consumidores de 1,7% em julho de 2025.

No mercado regulado, o Sul registrou a menor retração do consumo (-0,2%) entre as regiões, enquanto a região Norte teve o maior aumento no número de consumidores cativos (+3,3%).

Para o mês de setembro, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) já determinou que a bandeira tarifária continuará vermelha no patamar 2. A cobrança adiciona R$ 7,87 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos na conta de energia elétrica.