Média brasileira variou de 53% para 51% em 1 ano; recuo se deu principalmente pelo pessimismo entre os mais pobres
A média da população brasileira que confia em empresas, governos, mídia e ONGs (organizações não governamentais) variou de 53% em 2024 para 51% em 2025. Esse percentual coloca o Brasil no 15º lugar num ranking de confiança com 28 países. No ano anterior, ocupava a 14º posição.
Os dados são do Edelman Trust Barometer, estudo feito anualmente pela empresa norte-americana de consultoria e relações públicas. Eis a íntegra (PDF – 3 MB).
O país que registrou a maior alta de confiança em 1 ano foi a Argentina. O nível subiu de 39% para 48%. A África do Sul foi outro destaque positivo, com variação positiva de 4 pontos, com o percentual chegando a 53% e ultrapassando o Brasil.
A média de confiança entre as nações analisadas pela Edelman é agora em 2025 de 56%, número igual ao registrado no ano anterior. O país com a maior taxa é a China (77%), seguido de Indonésia (76%) e Índia (75%).
O recuo da confiança no Brasil se deu principalmente pela queda entre os mais pobres, como mostra o gráfico a seguir, reproduzido no estudo:
O receio de que representantes de governos, empresas e da mídia estejam mentindo também vem em tendência de alta desde 2021.
Em relação a autoridades governamentais, 76% dizem ter receio de que elas possam estar falando coisas que sabem ser falsas ou estão “grosseiramente” exageradas –em 2021, eram 67% com essa percepção.
Essa tendência se reflete também entre os outros países, a média das nações analisadas indica esses números de receio de que líderes estejam mentindo:
- autoridades governamentais: 69% de receio;
- líderes empresariais: 68%;
- jornalistas e repórteres: 70%.
CONFIANÇA NO EMPREGADOR
Segundo o relatório, houve uma queda de 3 pontos percentuais na confiança que a população tem em seus respectivos empregadores, saindo de 78% em 2024 para 75% em 2025. No Brasil, essa taxa é de 77%.