China reforça que retaliará tarifa dos EUA e exige retirada

Ministério das Relações Exteriores chinês diz que a Casa Branca quebrou o acordo firmado entre Trump e Xi Jinping

O governo da China reforçou nesta 2ª feira (13.out.2025) que aplicará medias retaliatórias contra os Estados Unidos em resposta à taxação de 100% sobre produtos chineses anunciada pela Casa Branca na 6ª feira (10.out).

Em conversa com jornalistas, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, declarou que os norte-americanos descumpriram o acordo costurado entre o presidente Donald Trump (Partido Republicano) e o líder Xi Jinping em setembro. Afirmou que os EUA devem voltar atrás da nova taxa para resgatar a boa relação entre os governos.

“A China exige que os EUA corrijam suas práticas errôneas o mais breve possível e sigam o importante consenso alcançado durante a conversa telefônica entre os 2 presidentes”, disse Lin. “Se os EUA insistirem em seu próprio caminho, a China tomará resolutamente as medidas correspondentes para salvaguardar seus legítimos direitos e interesses”.

Essa é a 2ª vez que a China diz que retaliará a tarifa norte-americana. No domingo (12.out), o Ministério do Comércio chinês classificou a medida como “hipócrita” e declarou que estuda uma forma de proteger os interesses do país.

DISPUTA COM A HOLANDA

Lin foi questionado sobre a decisão do governo holandês de tomar o controle da Nexperia, uma fabricante chinesa de semicondutores instalada no país europeu. A empresa produz chips para a indústria automotiva e para outros setores de eletrônicos.

O porta-voz disse que o assunto deve ser tratado junto aos órgãos responsáveis e não comentou sobre a decisão do governo da Holanda, mas declarou que o governo chinês responderá a medida adotada pelos holandeses.

“Gostaria de salientar que a China se opõe consistentemente à generalização do conceito de segurança nacional e a práticas discriminatórias contra empresas de países específicos. Os países relevantes devem aderir firmemente aos princípios de mercado e abster-se de politizar questões econômicas e comerciais”, disse o porta-voz.

A tomada de controle da empresa foi comunicada pelo Ministério de Assuntos Econômicos da Holanda no domingo (12.out). O argumento é que foram identificadas “graves deficiências e ações administrativas” na companhia, o que colocava em risco a segurança econômica holandesa e da Europa no setor de semicondutores.

Na prática, a medida dá poder ao governo holandês para reverter decisões da empresa na fabricação de chips na Holanda. O Ministério de Assuntos Econômicos da Holanda classificou a medida como “altamente excepcional”.


source

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com