Caramujo africano: conheça riscos e saiba como combater

Por Ingrid Soares

Dezenas de caramujos africanos infestaram o jardim de Ana Paula da Silva, 43 anos, moradora do Sol Nascente. “Plantei uma horta com coentro e cebolinha, mas desisti. Eles comem e matam tudo. Em uma única limpeza, recolhi mais de 50 deles e piora na época da chuva”, relata, acrescentando que orienta as crianças da residência a não tocarem no molusco. A preocupação da dona de casa é justificada, pois a espécie de caramujo oferece riscos a humanos e animais.

“Plantei uma horta com coentro e cebolinha, mas desisti. Eles comem e matam tudo”, reclamou a dona de casa Ana Paula da Silva. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde DF

O molusco conhecido popularmente como caramujo africano, cujo nome correto é caracol africano (Achatina fulica), é considerado uma espécie exótica e invasora no Brasil. Foi introduzido ilegalmente no país no final da década de 1980 como um substituto para o escargot e já é encontrado em quase todos os estados brasileiros. Hermafroditas, os animais procriam a cada dois ou três meses com fecundação cruzada, podendo colocar em média 200 ovos por postura e se reproduzir mais de uma vez por ano. Estes ovos são parecidos com a semente de mamão, branco-amarelados e ficam parcialmente enterrados. A estimativa média de vida do caracol é de 5 a 6 anos.

Quando infectado por vermes, o caracol africano pode transmiti-los e provocar doenças, como a meningite eosinofílica ou a enterite eosinofílica. A infecção ocorre quando há a ingestão acidental de larvas do verme presentes nas frutas e hortaliças contaminadas com o muco (gosma) que o caracol libera quando se locomove. Por isso, é importante fazer a correta higienização de verduras, legumes, hortaliças e frutas antes do consumo. Recomenda-se deixar esses alimentos mergulhados em uma mistura contendo uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água durante 30 minutos e, em seguida, enxaguar bem.


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