Camisotti diz que nunca tentou “corromper autoridades”

Empresário nega relação com empresa ligada a delegado; Polícia Civil apura atuação de policial mencionado por Eli Cohen

O empresário Maurício Camisotti afirmou ao Poder360 que nunca tentou corromper autoridades. A declaração foi em resposta a áudio, obtido pelo Poder360, no qual o advogado Eli Cohen, pivô da CPMI do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) diz que o delegado Roberto Monteiro faria “acertos” para o empresário.

Camisotti disse, também, que não tem relação com a empresa SPS Manager Administradora e Corretora de Seguros Ltda, que pertence à mulher de Camisotti, Giovanna Santos Monteiro de Andrade. Além disso, negou ter participado dos desvios ilegais de aposentadorias.

Eis a íntegra da nota enviada à reportagem:

O empresário Maurício Camisotti esclarece que nem ele, nem quaisquer de suas empresas, mantiveram ou mantêm qualquer relação contratual com a SPS Manager Administradora e Corretora de Seguros Ltda.
Camisotti também reitera que jamais tentou corromper autoridades, bem como nunca participou de qualquer irregularidade ou fraude envolvendo o INSS”.

O esclarecimento vem após gravações em que Eli Cohen, pivô das investigações, afirmou que poupou o delegado Roberto Monteiro, da Polícia Civil de São Paulo, em seu depoimento à CPMI do INSS. Segundo Cohen, Monteiro “resolvia” problemas de Camisotti e intermediou pagamentos que totalizariam R$ 7 milhões, supostamente para garantir silêncio sobre o caso. O valor, segundo Cohen, teria sido embolsado por Danilo Trento, ex-parceiro do empresário.

Procurado, Eli Cohen não respondeu às solicitações de entrevista. Roberto Monteiro também foi contatado em 3 números distintos, fornecidos por pessoas próximas ou presentes no quadro social de sua empresa, na Receita Federal, mas não retornou os contatos. O espaço permanece aberto para manifestações futuras.

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil, responsável por apurar a conduta de Monteiro, informou à reportagem:

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil informa que já instaurou um procedimento disciplinar administrativo para apurar rigorosamente as denúncias citadas. A Instituição reafirma o compromisso com a legalidade, ética e transparência, e ressalta que todas as condutas incompatíveis com os princípios da atividade policial são devidamente investigadas e punidas, de acordo com a legislação vigente. A Corregedoria permanece à disposição para colaborar com os órgãos competentes.


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