Manutenção da dobradinha com Lula já vem sendo aventada e líderes do PSB afirmam que partido estará na linha de frente do projeto eleitoral do petista
O presidente interino Geraldo Alckmin (PSB) declarou nesta 3ª feira (21.out.2025) que não cogita se candidatar ao governo de São Paulo em 2026. A perspectiva é de repetir a chapa com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial.
Embora Lula tenha afirmado que “possivelmente será candidato” à reeleição, não há definição sobre 2026. O PSB, partido de Alckmin, já declarou apoio à campanha de reeleição do presidente. Questionado sobre a vaga na chapa, Alckmin se limitou a dizer em entrevista à TV Record que “o governo de São Paulo não está em cogitação” –mesmo se Lula pedisse.
Segundo o presidente interino, a decisão reflete satisfação com o cargo atual e a trajetória política: Alckmin já foi 4 vezes governador do Estado. “Estou muito feliz trabalhando com o presidente Lula. E o ministério da Indústria, Comércio e Serviços é fundamental porque não temos como passar de uma renda média para uma renda alta sem indústria. […] Sempre quis atuar na questão nacional”, declarou.
O objetivo é repetir a chapa de 2022 conforme apurou o Poder360. A expectativa é reconstruir a ampla coalizão que elegeu Lula em 2022. No 1º turno da última eleição, a aliança incluiu PT, PV, PCdoB, Psol, Rede, PSB, Solidariedade, Pros, Avante e Agir. No 2º turno, se somaram PDT, Cidadania e MDB.
O PSB, presidido por João Campos, prefeito de Recife, confirmou recentemente que estará “na linha de frente da reeleição do presidente Lula”. A declaração foi feita durante a abertura do 16º Congresso do PC do B, em Brasília, e reforça que o partido não lançará palanque próprio na disputa presidencial.
Já a corrida pelo governo de São Paulo em 2026 está se desenhando com o atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos) na liderança e com folga. Na esquerda, nomes como os dos ministro da Micro e Pequena Empresa, Márcio França (PSB) e Alexandre Padilha (PT), e da deputada Erika Hilton (Psol) são cogitados como possíveis candidatos no campo da esquerda. Apesar de ser o nome favorito no PT, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), também tem afastado especulações sobre seu nome.