O roubo do Louvre

Pode parecer um pleonasmo, mas dessa vez foi roubo mesmo. O tesouro que levaram do museu do Louvre, na França, pertence à história deles. Diferente de Monalisa, um quadro italiano. Levaram colares, brincos e uma coroa que na fuga deixaram cair na rua, mas acredito que foi tudo de caso pensado. A coroa era da Imperatriz Eugênia, mulher de Napoleão III. Sabendo que algumas mulheres se transformam em feras quando mexem em suas coisas, eu também não me atreveria a pegar nada muito específico, brinco e colar dá para achar na feira do Pedregal, coroa é um troço em desuso. E outra, Allan Kardec era francês, se o espiritismo dá certo, lá é a matriz.

Tem gente que ainda se espanta com astúcia de ladrão. Eu não dúvido de nada após ter visto um papagaio latindo para espantar o gato que queria almoçá-lo. Inclusive papagaio sempre andou com uma galera mais marginal, sempre no ombro dos piratas. Repense o bicho que você quer ter em casa. Cachorro nunca sai de moda, mas geralmente são dependentes, já os gatos são independentes demais, eu tive um que morava em duas casa, descobri pelo perfume, já que eu nunca havia dado banho nele. Gato é outro animal para ficar esperto, hein! Gatos de botas foi contratado para matar o Shrek.

Eu acho que já existe um curso EaD com algumas especializações no mundo do crime, não dá para viver de amadorismo a vida inteira. Igual mágica, primeiro você aprende um truque com cartas, multiplica bolinhas e se quiser meter o louco, amarra uma pessoa, coloca fogo, serra no meio e por fim, acorrenta debaixo d’água. Em segundos, no meio do auditório, feito quem perdeu o lugar, aparece a pessoa, seca, sem nenhum aranhão. No roubo, deve ser similar, você começa pegando pequenos objetos dos restaurantes, leva um chinelo de algum desavisado, um livro da biblioteca que ninguém se interessa em ler e na vida adulta, vive dando o cano no flanelinha (Gente, esse sou eu?).  A vida é uma loucura mesmo. Voltemos ao crime que está na mídia.

Arsene Lupin já tinha deixado claro que ele era o mestre dos mil disfarces, parece suspeito, Robin Hood é que roubava dos ricos para doar aos pobres, mas esse é inglês, tá fora da investigação. Se alguém deseja vingança na história da França é o Quasímodo, o corcunda de Notre Dame, aquela catedral não pegou fogo do nada, acredito que ele esteja envolvido. Tentaram limpar a barra dele com um filme da Disney, mas achei muito misterioso sempre acontecer algo caótico naquela igreja ele não ser indiciado. Quem fica esperando o final da novela é Amelie Poulain, ouvindo os boatos no café Dois Moinhos à espera de alguém que a leve para passear de moto. Refrescando a memória, os ladrões subiram em uma escada, roubaram e fugiram em motos, nem Amelie está livre se ser suspeita.

Estou pesquisando a família de Marcel Duchamp, Picasso e Edit Piaf. Abre o olho, de repente você também é suspeito.

Fui!

Thiago Maroca é detetive com formação nos livros de Sherlock Holmes. Escritor, cineasta e pai do Théo. 

Manda um oi: thiagomaroca@gmail.com/ @thiagomaroca

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