A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes contra os Animais (DRCA), deflagrou nesta quarta-feira (24), uma ação para combater o tráfico de animais silvestres, em especial psitacídeos, que vinha ocorrendo em grupos de aplicativo de mensagens. 

As investigações tiveram início após denúncia de uma jovem, que apresentou, à especializada, provas de negociações ilegais de aves realizadas em um grupo de WhatsApp. Com base nas informações, os policiais deslocaram-se até uma agropecuária, localizada no Sol Nascente, em Ceilândia, onde constataram movimentação suspeita. No local, dois homens foram abordados e flagrados em atividade de comércio ilegal de fauna. 

Durante vistoria, a equipe encontrou dois filhotes de arara ainda sem penas, escondidos dentro de uma caixa fechada e sem ventilação, em um banheiro escuro. Os animais estavam em situação de extremo risco, separados da mãe e sem alimentação adequada. 

A condição de apreensão caracterizou maus-tratos graves, já que a retirada precoce compromete diretamente a sobrevivência dos filhotes, além de configurar evidência de tráfico de fauna silvestre. Ambos os homens foram autuados em flagrante pelos crimes previstos nos artigos 29, §1º, III, e 32 da Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais). Um deles também responderá por exploração do jogo do bicho, nos termos do art. 58 da Lei de Contravenções Penais. 

A Polícia Civil seguirá com diligências para identificar e prender outros envolvidos, incluindo o responsável apontado como proprietário do estabelecimento e o indivíduo que intermediava as vendas pelo aplicativo. Os filhotes de arara foram resgatados e encaminhados ao HFAUS/IBRAM, onde receberão cuidados para recuperação e reabilitação.