“Foi um sequestro do parlamento”, afirma Lindbergh sobre ocupação no Congresso Nacional

Para o líder do PT na Câmara, oposição tenta paralisar Congresso para blindar Bolsonaro dos julgamentos no Supremo e atacar instituições

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), classificou como “inaceitável” a ocupação dos plenários por parlamentares da oposição nesta terça-feira (5/8). Em coletiva de imprensa no Congresso, o deputado afirmou que o ato representa uma “continuidade da tentativa de golpe e um novo ataque às instituições democráticas do país”.

“O que está acontecendo hoje, aqui no parlamento, é inaceitável. Ninguém pode parar, pela força, a atividade parlamentar, os trabalhos legislativos. É uma continuidade desse processo de golpe. Isso é mais que um ataque às instituições”, declarou Lindbergh, ao comparar a ação à invasão de 8 de janeiro de 2023.

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“Foi um sequestro do parlamento”, afirma Lindbergh sobre ocupação na Câmara dos DeputadosReprodução/TV Câmara

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“Foi um sequestro do parlamento”, afirma Lindbergh sobre ocupação na Câmara dos DeputadosReprodução/TV Câmara

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Obstrução na Câmara dos Deputados; na foto, parlamentares como Mario Frias e Marcel Van HattemReprodução: Instagram/@mariofriasoficial

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Coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (5/8) para anunciar “pacote da paz”Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

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Deputado federal Lindbergh Farias (PT/RJ) em entrevista à CNN Brasil sobre decretação da prisão domiciliar de Jair BolsonaroReprodução: YouTube/CNN Brasil

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Eduardo Bolsonaro e o pai, Jair BolsonaroFoto: Pozzebom/Agência Brasil


O petista avaliou ainda que o movimento da oposição tem como principal objetivo “livrar a cara de Bolsonaro” e forçar a votação de pautas que considera inconstitucionais e antidemocráticas, como a anistia aos envolvidos nos atos golpistas e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF): “Hoje disseram: ‘anistia!’. Se esse parlamento vota a anistia depois de toda essa chantagem, é uma desmoralização”, afirmou. “Outro ponto de pauta deles é o impeachment do Alexandre de Moraes, é o foro privilegiado. Essa não é nossa pauta. Nossa pauta é a vida do povo”.

Durante a coletiva, o líder do PT ainda voltou a pedir providências contra parlamentares envolvidos em atos antidemocráticos e aliados de Jair Bolsonaro, citando diretamente os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP). Zambelli está presa na Itália e, mesmo assim, permanece com mandato ativo e remuneração, assim como Eduardo, alvo de investigações e atual residente dos Estados Unidos (EUA).

Lindbergh informou ainda que entrou em contato com o presidente em exercício da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que estaria retornando a Brasília após participar de um evento com o ministro Alexandre Padilha na Paraíba. O petista disse que é responsabilidade da presidência da Casa “restabelecer o controle e a ordem”:

“A palavra para definir o que houve hoje aqui foi um sequestro, da mesa e do parlamento. Foi um atentado grave, e nós não podemos subestimar o que está acontecendo hoje. É um ataque violento ao parlamento, todas as instituições estão sendo ameaçadas”, alertou.

Por fim, Lindbergh defendeu que todos os parlamentares que ocuparam a mesa diretora da Câmara nesta terça sejam responsabilizados no Conselho de Ética. “Cada um dos deputados que ocuparam a mesa dessa forma autoritária podem, e vão, ser responsabilizados. Isso não vamos aceitar”, concluiu.

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