Moraes ganha rap crítico após mostrar dedo do meio

Música contra o ministro do Supremo viralizou em perfil do TikTok; letra cita Lei Magnitsky e diz que Moraes é “carrasco de toga”

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes foi alvo de um rap crítico que viralizou no TikTok depois de fazer um gesto obsceno durante a partida entre Corinthians e Palmeiras, na 4ª feira (30.jul.2025). Na ocasião, o magistrado mostrou o dedo do meio enquanto acompanhava o jogo na Neo Química Arena, em São Paulo.

O episódio se deu no mesmo dia em que Moraes foi sancionado pelos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky, que estabelece punições a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos ou corrupção.

Na letra da música, postada pelo perfil criticanograve, o ministro é chamado de “carrasco de toga” e criticado por “falta de decoro”. Um dos trechos diz o seguinte: “Cadê o decoro, excelência? Cadê o respeito à audiência? Se fosse o [Jair] Bolsonaro, era impeachment na sequência. Mas quando é você, a imprensa vira paciência”.

Ouça o rap abaixo (4min30s):

A imagem do ministro mostra o dedo médio é do Estadão:

Leia a letra do rap:

“Democracia virou teatro, velho. O ator principal? Carrasco de toga. Vamos falar a verdade agora.

Tô vendo o castelo ruir, ninguém segura esse tombo. O homem da capa preta sente o peso do combo. Magnitsky chegou, não teve como fugir. Congela os bens, congela os sonhos de quem quis oprimir. Achou que ia ser ovacionado no estádio, mas esqueceu que o povo não vive na bolha do rádio. Não lê Miriam Leitão, nem Cantanhede, irmão. Lê boleto, lê o preço do feijão.

Se alimenta do aplauso da elite nojenta, mas na quebrada o nome dele é lido na placa de zenta.

Corintiano de fachada foi buscar aprovação. Saiu com o dedo no ar e a alma no chão.
Dedo no meio, dedo na ferida. O ministro da Suprema se perdeu na avenida. Achou que era rei, se meteu na torcida. A vaia foi o hino da justiça esquecida.
Dedo no meio, dedo no espelho: a imagem de um déspota com sede de conselho.
Se o povo grita, ele manda inquérito — mas ontem quem gritou foi o eco do mérito.
Tá sancionado, velho.

Bloqueado, travado: nem cartão, nem conta, nem cartão dourado.
Sua esposa e o escritório também na lista. Agora a maré virou — e a maré é realista.
Ele quis mostrar que é forte… tá fraco. Tentou ser popstar, virou meme de macaco.
O jogo virou em praça pública, e ele não soube perder. Fez o gesto obsceno que diz tudo sem dizer.

Cadê o decoro, excelência? Cadê o respeito à audiência?
Se fosse o Bolsonaro, era impeachment na sequência.
Mas quando é você, a imprensa vira paciência.

Dedo no meio, dedo na ferida.
O ministro da Suprema se perdeu na avenida.
Achou que era rei, se meteu na torcida.
A vaia foi o hino da justiça esquecida.
Dedo no meio, dedo no espelho: a imagem de um déspota com sede de conselho.
Se o povo grita, ele manda inquérito — mas ontem quem gritou foi o eco do mérito.

A liberdade de expressão que tu nega virou tua defesa.
Quando se entrega, quer bancar o juiz e o réu na mesma cela — mas esquece que a verdade não cabe na sua tela.
O povo tá cansado de fingir que não vê.
As contas não batem. O medo não dá pra esconder.
Bolsonaro nas ruas, multidão no pulmão.
Você na sacada, escutando o som da rejeição.

Você falou: “Não quer ser criticado? Não entre na vida pública.”
Mas parece que a crítica virou cláusula abusiva na tua justiça de exceção.
Você julga, persegue, condena com sua mão.

Agora imagina: mil processos por agressão moral.
Cada torcedor ali te acusando do mesmo mal.
Pelas tuas próprias regras, isso vira tribunal.
E o povo vira autor — você réu principal.

Dedo no meio, dedo na ferida.
O ministro da Suprema se perdeu na avenida.
Achou que era rei, se meteu na torcida.
A vaia foi o hino da justiça esquecida.
Dedo no meio, dedo no espelho: a imagem de um déspota com sede de conselho.

Se o povo grita, ele manda inquérito — mas ontem quem gritou foi o eco do mérito.

E aí? Vai abrir inquérito pra arquibancada inteira?
Vai mandar a PF na porta da galera brasileira?
O povo te deu o troco com vaia e com humor — mas você reagiu com o dedo, no ápice do rancor.

Magnitsky não é meme, é o fim do glamour.
Censura tem data pra explodir como tambor.
Você subiu alto demais nessa arrogância vulgar, e agora cai com estilo, igual ditador no altar.

Se fodeu.
Se fodeu.”


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