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Está definido: pelo quarto ano consecutivo, a final do Campeonato Candango Sub-20 será realizada no Mané Garrincha. A notícia foi dada pelo Distrito do Esporte na última quarta-feira (23/7). A arena será a 21ª praça esportiva utilizada ao longo desta edição do torneio. No entanto, o alto número de gramados não significa que existem muitas opções para partidas de futebol profissional dentro do DF. Pelo contrário: atualmente, apenas cinco estádios estão aptos — com laudos, público liberado e demais vistorias em dia — para receberem partidas profissionais.
Serejão, Bezerrão, Abadião, JK e Mané Garrincha. Apenas estas praças estão com todos os laudos técnicos atualizados, em conformidade com as exigências dos órgãos competentes, autorizados para receberem partidas profissionais com presença de público. O Mané, embora regularizado, raramente é escolhido como palco dos times locais devido ao alto custo operacional — em alguns casos, supera a casa dos R$ 100 mil. A limitação de estádios aptos preocupa as diretorias, principalmente dos clubes do Candangão. Durante a primeira fase do Candanguinho Sub-20, equipes recorreram à arenas menos convencionais para mandarem os respectivos jogos.
De acordo com o regulamento, no decorrer da primeira fase do Candanguinho Sub-20, é permitida a realização de jogos em centros de treinamento ou campos sem estrutura completa. Diante desta brecha e da escassez de estádios, 20 sedes diferentes foram utilizadas até a grande decisão, prevista para o Mané. Destas, seis delas ficam em cidades do Entorno do DF — ou até fora deste limite. São eles: o Estádio Luizinho (Novo Gama), CP Kennedy (Luziânia), Toca do Mota (Santo Antônio do Descoberto), Estádio Municipal de Planaltina (GO), CT do Planaltina e o mais distante de todos, Estádio Salvador Amado, em Cristalina, no meio de Goiás.
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Enquanto alguns recorreram ao Entorno, outros optaram por locais mais próximos, mas sem permissão para fases decisivas ou competições profissionais. Aruc e Cruzeiro, por exemplo, optaram por mandar o jogos da primeira fase no Estádio Carcará. O Planaltina optou jogar no próprio Centro de Treinamento, assim como o Legião e o Gama — que também utilizou o Bezerrão em algumas oportunidades. Em dado momento, sem alternativas, Ceilandense e Candango — antigo CFZ — jogaram em clubes privados, como Agepol (Associação Geral dos Servidores da Polícia Civil) e Caeso (Caesb Esportiva e Social).
Ainda de acordo com o regulamento, os jogos eliminatórios precisam de estádios com maiores capacidade de público — e consequentemente, com laudos em dia. Os classificados ao mata-mata, então, tiveram de escolher novos locais para mandarem as partidas. Um exemplo da limitação ocorreu nas quartas de final, com o Grêmio Valparaíso. Sem opções no DF, o Greval optou por mandar a partida de ida, diante do Sobradinho, no Estádio Salvador Amado, em Cristalina — cerca de 130 km do local escolhido pelo Leão da Serra para o jogo de volta, o Abadião, em Ceilândia.
O próprio Sobradinho vive expectativa em relação ao Estádio Augustinho Lima, tradicional casa do clube. A praça passa por reformas desde meados de 2024, quando a Secretaria de Esportes e Lazer (SEL-DF) anunciou o início das obras de revitalização do espaço. A motivação veio após Caio Bonfim conquistar a medalha de prata na marcha atlética na Olímpiada de Paris. O marchador costumava utilizar a pista olímpica do local para treinar para as competições. Houve expectativa, inclusive, do local ser liberado ainda para o Candangão deste ano, em janeiro. A reabertura, no entanto, não se concretizou.

Outro em decomposição é o Serra do Lago — este, fora do DF. O espaço sofre com problemas relacionados à falta de revitalização em partes da estrutura, como arquibancadas, bancos de reservas e vestiários. Isso fora o gramado, prejudicado por mato e pragas. O Luziânia, rotineiro utilitário do espaço, disputou o Sub-20 no Campo do Kennedy, palco de torneios amadores da cidade. A situação do Serra do Lago segue indefinida para a disputa da Segundinha. O novo presidente do Alviceleste, Rodriguinho Belchior, manifestou intenção de recuperar a arena a tempo da divisão de acesso, mas a chance é remota.
Existem também aqueles com problemas corriqueiros nas exigências técnicas. O Defelê, segunda sede mais utilizada durante o esta edição do Candanguinho, foi vetado por órgãos responsáveis duas vezes durante o decorrer de 2025. Em janeiro, foi lacrado por ordem do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Posteriormente, em junho, a própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF) barrou a presença de público no espaço por falta de laudos. A proibição ocorreu horas antes da partida entre Real Brasília e Grêmio, pela Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino.
Ao todo, 21 campos sediaram partidas durante todo o Candanguinho Sub-20 2025. Confira todas as praças desta edição do torneio e quantas vezes foram utilizados:
13 vezes: Serejão
11 vezes: Defelê
9 vezes: Carcará
8 vezes: Abadião e JK
6 vezes: Estádio de Planaltina de Goiás
5 vezes: Luizinho, CT do Planaltina, Campo do Kennedy e CT do Legião
4 vezes: Rorizão, Campo do Atlético e CT do Gama
3 vezes: Toca do Mota e Bezerrão
1 vez: Mané Garrincha, Agepol, ASSEF, CAESO, Salvador Amado e CT do Gato
O que diz a Secretaria de Esportes
A grande maioria das praças são de responsabilidade da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL-DF). Dentre eles, apenas três estão aptos para receberem partidas oficiais com a presença de público: o Bezerrão, no Gama; o Abadião, em Ceilândia e o JK, localizado no Paranoá. Outros estádios liberados são o Serejão — este sob responsabilidade da Administração de Taguatinga — e o Mané Garrincha, gerido pelo Consórcio Arena BRB. Apenas os cinco estão com todos os laudos técnicos atualizados, em conformidade com as exigências dos órgãos competentes.
Outros dois estão em ajustes, a fim de cumprirem com todas as exigências solicitadas para a aprovação. Com relação ao Estádio Augustinho Lima, de acordo com a Secretaria, tanto a revitalização da pista de atletismo quanto a implantação do novo gramado encontram-se em fase de licitação. Outra arena sob reforma é o Rorizão, em Samambaia. Na mesma nota, a SEL-DF disse que as reformas seguem em andamento. As obras no espaço são para o estádio seguir todas as normativas vigentes dos órgãos de fiscalização, com foco em infraestrutura, acessibilidade e segurança.
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