Identificado como Jiao, o chinês usava maquiagem, filtros e voz modulada para atrair vítimas e gravar encontros sexuais sem consentimento
O apelido “Sister Hong” virou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais no mundo nesta sexta-feira (18/7) ao revelar uma história que mistura engano, pornografia não consensual e escândalo social. Por trás do nome feminino estava Jiao, um chinês de 38 anos que construiu uma falsa identidade como mulher em aplicativos de relacionamento para atrair homens a encontros íntimos, que eram gravados secretamente e vendidos online.
Segundo as investigações, Jiao se apresentava como uma mulher divorciada em busca de afeto. Com uma combinação de perucas, maquiagem pesada, filtros de beleza e até softwares de modulação de voz, ele criava a ilusão de ser uma mulher atraente e acessível.
Seus convites para encontros vinham acompanhados de pedidos simples: em vez de dinheiro, bastava levar frutas, leite ou óleo de cozinha. Um dos casos mais comentados foi o de um homem que levou uma melancia como presente.
Veja as fotos

Sister HongReprodução: X

Sister HongReprodução: X

Jiao, um chinês de 38 anos, fingia ser mulher para atrair homens na internetReprodução: X

Memes estão circulando na internet sobre o casoReprodução: X

Memes estão circulando na internet sobre o casoReprodução: X
O caso veio à tona em julho, quando o Departamento de Segurança Pública de Nanquim, na China, prenderam Jiao sob a acusação de divulgar material obsceno.
A polícia informou que os vídeos íntimos gravados sem consentimento eram comercializados em grupos privados por cerca de 150 yuan, aproximadamente R$ 116 no Brasil.
Um caderno apreendido com o suspeito listava quase 1.700 nomes, embora esse número ainda não tenha sido confirmado oficialmente. Boatos de que ele teria HIV e infectado outras pessoas também foram descartados pelas autoridades.
Embora muitos homens aparentemente descobrissem que se tratava de um homem disfarçado durante os encontros, optavam por continuar, seja por impulso, fetiche ou repressão sexual, como apontaram debates nas redes sociais chinesas. Jiao usava até mesmo o fetiche de ser “uma mulher casada traindo o marido” para atrair mais vítimas.
O impacto da exposição foi devastador para os envolvidos. Após o vazamento das imagens, centenas de rostos foram divulgados em montagens que circularam amplamente.
Muitos foram identificados por parceiros, familiares ou colegas de trabalho, gerando escândalos pessoais e linchamentos virtuais. Em alguns casos, namoradas e esposas postaram vídeos ao confrontar os homens com as gravações.
Segundo especialistas ouvidos pela imprensa chinesa, Jiao poderá ser responsabilizado por até sete crimes diferentes.
A pena pelo principal deles, que é a produção e distribuição de material obsceno, pode chegar a 10 anos de prisão, dependendo da gravidade.
Caso os presentes recebidos sejam considerados formas de pagamento, ele ainda poderá responder por prostituição.