Israel realizou uma série de ataques aéreos em Gaza no domingo (6.jul.2025), resultando na morte de 38 palestinos, segundo autoridades hospitalares citadas pelo jornal britânico The Guardian. Os bombardeios se dão em momento crucial nas negociações para um cessar-fogo, marcado pela viagem do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu (Likud, direita) a Washington para encontro com o presidente Donald Trump (Partido Republicano).

Funcionários do hospital Nasser, na cidade de Khan Younis, informaram que 18 pessoas morreram em ataques na região costeira de al-Mawasi, região onde estão localizados acampamentos de deslocados internos pelo conflito. O Ministério da Saúde de Gaza reportou 80 mortos e 304 feridos nas últimas 24 horas em decorrência dos bombardeios israelenses.

Também no domingo (6.jul) as FDI (Forças de Defesa de Israel) informaram ter atacado alvos dos rebeldes houthis nos portos de Hodeidah, Ras Isa e Salif, além da usina de energia de Ras Qantib, no Iêmen.

Até o momento, as FDI não detalharam a ofensiva, mas disseram ter atingido 130 alvos em todo o território nas 24 horas anteriores. Dentre os alvos, segundo as Forças de Israel, estavam militantes, estruturas de comando e controle do Hamas, além de depósitos, armas e lançadores.

Em 30 de junho, um ataque a um café deixou cerca de 100 mortos e feridos, incluindo mulheres, crianças e idosos. O alvo seria uma reunião de comandantes do Hamas.

ACORDO NOS EUA

A intensificação da ofensiva israelense se dá quando ganham força as negociações sobre uma proposta de cessar-fogo, apoiada e mediada pelos Estados Unidos.

Um rascunho do acordo prevê uma pausa de 60 dias nas hostilidades.“Acredito que há uma boa chance de termos um acordo com o Hamas durante a semana”, declarou Trump, que tem encontro com Netanyahu, marcado para a noite desta 2ª feira (7.jul).

Os ataques de Israel contra Gaza tiveram início em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas realizou um ataque surpresa ao sul de Israel, resultando na morte de aproximadamente 1.200 pessoas, majoritariamente civis, além do sequestro de 251 reféns.

Em resposta ao ataque do Hamas, Israel lançou uma campanha militar que já resultou na morte de mais de 57.000 palestinos, no deslocamento de 2,3 milhões de pessoas e na destruição de grande parte do território.