Cleitinho pede a Lula que vete o aumento do nº de deputados

Mesmo sendo da oposição, senador afirma apoiar medidas a favor do povo e defende reajuste nas contas começando pelos Três Poderes

O senador Cleitinho (PL-MG) fez um apelo nas redes sociais ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para vetar o aumento do número de deputados de 513 para 531, aprovado pelo Congresso na 4ª feira (25.jun.2025). A medida aguarda agora a análise presidencial.

“Se o Lula vetar esse projeto, vai voltar para o Congresso Nacional, e aí a gente vai conhecer quem é deputado e senador a favor do povo. Porque, se derrubar esse veto do Lula, vocês podem ter certeza de que o Congresso Nacional é inimigo do povo”, declarou o congressista em vídeo publicado no X no domingo (29.jun.2025).

“Lula, eu não sou seu aliado, mas sou aliado do povo. Então, tudo que for a favor do povo, eu vou apoiar”, disse.

Cleitinho, mesmo sendo opositor do atual governo, disse “entender perfeitamente” ser necessário cobrar mais impostos dos super-ricos para equilibrar as contas públicas -discurso que vem sendo repetido com frequência por petistas.

Ele afirmou ser necessário começar o reajuste pelos Três Poderes. É extremamente importante nós cortarmos da própria carne. Não adianta o Congresso apontar o dedo na sua cara e falar que você tem que cortar gasto quando vota um projeto para aumentar gastos, que é o aumento de deputados”.

O presidente Lula deve usar todo o prazo constitucional, até 16 de julho de 2025, para sancionar o projeto que aumenta o número de deputados. Segundo apurou o Poder360, a medida recebe o mesmo tratamento que todas as aprovadas pelo Congresso, ouvindo ministérios e com o parecer final do petista sobre sanção ou veto.

Segundo a Mesa Diretora da Câmara, a criação de cada vaga para deputado poderá causar um impacto anual de aproximadamente R$ 3,6 milhões. O aumento de 18 postos no Congresso custaria R$ 64,6 milhões por ano aos cofres públicos. A despesa já estaria incluída no orçamento da Casa Baixa.

No Senado, o relator Marcelo Castro (MDB-PI) acolheu a emenda do colega Alessandro Vieira (MDB-SE) e determinou que os gastos com os novos mandatos (verbas de gabinete, cotas parlamentares, passagens aéreas, auxílio-moradia e emendas) de 2026 não poderão aumentar.


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