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Sala Martins Pena do Teatro Nacional é reaberta com evento prestigiado


O governador do DF, Ibaneis Rocha, prestigiou a reabertura. Houve show de Chitãozinho e Xororó com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional

Wey Alves/Metrópoles

Considerado um marco da cultura e da arte brasileira, o Teatro Nacional Claudio Santoro abriu as portas, nessa sexta-feira (20/12), para uma noite que ficará marcada na história da capital federal e de quem esteve presente no evento. Houve a esperada reinauguração da Sala Martins Pena, uma das três do complexo projetado por Oscar Niemeyer. Prestigiada por autoridades, a cerimônia contou com uma apresentação inédita da Orquestra Sinfônica Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) com a dupla Chitãozinho e Xororó.

Diante desse episódio histórico e marcante de sua gestão, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, fez questão de comparecer ao ilustre evento. Acompanhado da esposa, a primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha; e de filhos, o chefe do Executivo ressaltou a importância da reabertura da Sala Martins Pena, inaugurada oficialmente 1966. Primeiramente, ocorreu um coquetel e, em seguida, os discursos e o show.

Entre os presentes estiveram autoridades dos Três Poderes do DF e do Brasil, como representantes do Judiciário, secretários de Estado, e deputados federais e distritais, além de presidentes de entidades e empresários. Como Claudio Santoro (1919-1989) não está mais presente para receber todos os aplausos, a esposa dele, Gisèle Santoro, compareceu à ocasião e agradeceu todos os tributos feitos ao compositor e maestro.

Discursos

Em discurso, o governador do DF, Ibaneis Rocha, destacou estar “muito emocionado” por presenciar a reabeartura do Teatro Nacional por meio da reinauguração da Sala Martins Pena. “Eu assumi um compromisso quando ganhei a eleição em 2018 de que iria colocar todos os espaços públicos de Brasília em funcionamento, e não foi fácil esse aqui. Nós gastamos R$ 80 milhões dos recursos do Distrito Federal para reabrir essa sala”, frisou.

Conforme relatou o governador, toda a estrutura do Teatro Nacional passará por uma reforma, que custará R$ 315 milhões. “Fui convidado para visitar [a obra] antes da abertura e eu falei: ‘Não piso lá enquanto não estiver lançado e não tenha os recursos garantidos para terminar toda a obra’”, recordou. Ibaneis prosseguiu: “Cumprido o compromisso, nós publicamos o edital.”

Ibaneis brincou ao dizer que a população costuma dizer que ele “gosta de viaduto e de obra”. Em seguida, acrescentou ter o máximo de cuidado com o patrimônio da cidade e listou projetos em andamento. “Todas as tesourinhas foram reformadas e estão fazendo calçadas pela cidade, asfalto… Eu vou entregar todos os espaços públicos”, citou.

“Ontem, começamos a obra do Autódromo, que vamos devolver até o mês de julho para a população do Distrito Federal. Não tenho vergonha de dizer que recebi uma cidade ao abandono. As pessoas não cuidavam da cidade e eu não tenho medo de dizer também quem eram eles, foram os partidos de esquerda, o PT, o PSD. Nós temos que ter coragem”, complementou.

Legado de Claudio Santoro

O secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes, salientou sobre manter o legado de Claudio Santoro vivíssimo. “Ele não deu apenas o nome a esse complexo. Ele deu a própria vida à frente da música brasileira, divulgando-a, e fundando a nossa orquestra, que completou este ano 45 anos de existência, e é um patrimônio do DF”, sustentou.

À coluna Claudia Meireles, Abrantes referiu-se à abertura do Teatro Nacional como “viver um sonho”. “Estamos muito felizes com tudo isso e esperamos, em breve, também iniciar a obra da Villa Lobos e assim por diante”, revelou. Ele emendou: “Quero ver essa casa cheia o tempo todo”.

Quem também discursou foi o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido da Costa, que também é conselheiro do Serviço Social do Comércio (Sesc-DF) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-DF). Ele defendeu que não medirá esforços nem diálogo para melhorar a atuação do comércio e do setor produtivo com o GDF.

Sob aplausos, ocorreu a sanção do projeto de lei que dispõe sobre a carreira de músico da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro do Distrito Federal. O governador do DF convidou os músicos componentes da OSTNCS para subirem ao palco durante o momento.

“Eles [músicos] fazem a história deste teatro e eu fico muito feliz por vocês. Fiz isso por merecerem. Fiz questão de sancionar essa lei, hoje, para mostrar o carinho que eu tenho por vocês que fazem tanto pela nossa cidade e pelo país. Vocês tocam e iluminam o Brasil”, enfatizou Ibaneis Rocha.

Show

Após a série de discursos e homenagens, o maestro Claudio Cohen conduziu a Orquestra Sinfônica Teatro Nacional Claudio Santoro, e a dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó subiu ao palco para cantar os maiores sucessos da carreira. Os cantores apresentaram o show Por Todos os Tempos. Evidências, Rancho Fundo e Sinônimos estiveram entre as canções entoadas.

“Agradecemos a presença de cada um de vocês”, comentou Chitãozinho. Já Xororó fez um pedido: “Queremos que vocês fiquem muito à vontade para cantar conosco? Vocês fazem parte do show e, primeiramente, eu queria mais uma vez, o carinho de vocês para essa sinfônica maravilhosa”.

Emoção

Subsecretário do Patrimônio Cultural do DF, Felipe Ramón foi mencionado tanto pelo governador do DF quanto pelo secretário de Cultura por ter “morado” no Teatro Nacional por quase dois anos. “Nós tivemos que nos debruçar sobre cada detalhe que foi realizado aqui, do rejunte do azulejo ao palco em sua monumentalidade. Foi um trabalho muito minucioso e delicado, mas também um investimento grande de tempo, de recursos humanos e de responsabilidade”, sustentou.

Na avaliação do maestro Claudio Cohen, a reinauguração da Sala Martins Pena exprime a sensação de “retorno para casa depois de uma longa viagem”. “É como voltar e ter todas aquelas memórias revisitadas, aqueles bons momentos vivenciados nesse palco, que agora está requalificado e com a sala toda remodelada. É muita emoção”, compartilhou.

Por Marina Ferreira e Claudia Meireles – Metrópoles



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